Na noite desta segunda-feira (26), a Casa de Zabelê, Serviço da Ação Social Arquidiocesana (ASA), realiza a formatura dos alunos inscritos nos cursos de profissionalização em Moda e Serigrafia. A solenidade será realizada no auditório Paulo VI, localizado na Av. Frei Serafim, às 19h, e contará com a apresentação da nova coleção de moda produzida pelos educandos da casa e que este ano homenageia o mercado central de Teresina.
Com duração de aproximadamente um ano, os cursos trazem como proposta pedagógica da qualificação profissional o estudo das raízes de formação do povo brasileiro, priorizando o desenvolvimento das competências, habilidades e criatividade na educação, além do reconhecimento da identidade social e cultural dos alunos. Este ano, como trabalho de conclusão de curso os alunos realizaram uma coleção que tem como inspiração o Mercado Central, dando especial destaque para suas cores, texturas e especiarias.
Segundo Marta Sérgio, consultora de moda da Casa, a nova coleção é apresentada como uma culminância do processo formativo desenvolvido pela instituição, e foi elaborado a partir de uma imersão criativa com passeios técnicos até o Mercado Central, com o objetivo de observar ângulos, cores, texturas e o artesanato lá disponível.
“A partir dessas visitas os alunos de serigrafia realizaram um trabalho de construção de estamparia, já as alunas de moda fizeram uma decupagem das formas lincando sempre com a raiz brasilidade, desse modo fazendo surgir a coleção Mercado Central Texturas e Especiarias”, destacou.
A criação de produtos através da valorização da cultura local faz com que os alunos percebam a possibilidade criativa que existe em olhar para o seu próprio espaço. Para Marta Sérgio, a conclusão do trabalho foi um desafio por ser uma criação autoral com estampas únicas e exclusivas. “É um trabalho muito lindo de se ver por que ele traz no seu DNA o desafio de uma criação autoral, de uma criação onde o traço cultural é o mais importante e faz com que os alunos sejam estimulados tanto a criar uma estampa única e exclusiva como a criar também propostas de moda, diferenciadas e conceituais. O resultado foi um trabalho magnífico”, completou.
Emily Silva, aluna do curso de Moda, conta que ingressou na Casa por meio de indicações de amigas, mas antes de entrar já havia pesquisado muito sobre o curso. Foi lá que ela passou a conhecer as culturas do povo brasileiro, além de aprender a trabalhar em equipe, controlar o seu emocional e socializar com outras pessoas.
“Lá aprendi muito mais do que eu imaginava. Eu esperava conhecer mais sobre a história da moda e da costura, mas passei a conhecer as culturas indígenas, africana, europeia e a brasilidade, além de melhorar questões pessoais. Sou muito grata pela oportunidade de conhecer e me aprofundar mais sobre essas temáticas”, disse a estudante.
João Vitor, discente do curso de Serigrafia, revela que a sua experiência foi muito boa do início ao fim. Ele ainda aproveitou para agradecer a todos que fizeram parte de sua jornada acadêmica e por acreditarem em seu potencial. “Tinham coisas que eu não sabia e que me deixaram muito admirado. Uma delas é o conhecimento sobre as nossas raízes de formação, uma outra coisa foi como fazer artes para colocar nas camisas. Na serigrafia eu também conheci muitas pessoas legais e que sou grato por me ajudarem durante essa jornada, foi uma das melhores experiências que já tive”, pontuou.
