O Bispado do Maranhão, após a anexação do Piauí à sua jurisdição em 1728, teve o cuidado de aumentar o número de Freguesias no vasto território piauiense, provê-las de párocos zelosos e de melhorar o exercício do sacerdócio. Começam as primeiras Visitas Pastorais às paróquias do Piauí, favorecendo a vida do povo e do clero. A evangelização dos brancos, dos escravos negros, dos mestiços e dos indígenas que vão se aculturando, apesar das discriminações do tempo, vai se desenvolvendo através destas Visitas Pastorais, cada vez mais frequentes, das desobrigas nos povoados, e aldeamentos indígenas, das missões ambulantes e dos párocos encomendados. O conteúdo básico da evangelização era a doutrinação catequética e a administração dos sacramentos.

A partir de Dom Joaquim Ferreira de Carvalho (1799 – 1801), por várias vezes foi mostrada a necessidade e feita a proposta de criação de uma Diocese no Piauí, sugerida a sede ora para Oeiras, ora para Parnaíba, ora para Teresina. A campanha foi reiniciada em 1897, pelo Padre Joaquim Oliveira Lopes, Vigário de Pedro II. Foram constituídas comissões em cada paróquia e uma comissão central formada por personalidades importantes do mundo católico piauiense, com o apoio de vários jornais, que trabalharam pela criação da Diocese. Finalmente a Diocese foi criada pela Bula “Supremum Catholicam Ecclesiam” de 20 de fevereiro de 1901, do Papa Leão XIII, abrangendo todas as paróquias do Piauí e tendo como Catedral a Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Teresina. O Decreto de Instalação, porém, é de 11 de março de 1903. O primeiro bispo eleito foi monsenhor Antônio Fabrício de Araújo Pereira, que renunciou antes de ser ordenado Bispo.

O primeiro bispo que governou efetivamente a Diocese do Piauí de 12.03.1906 a 02.11.1910 foi Dom Joaquim Antônio de Almeida. Era uma época em que a Igreja começava a experimentar o seu desligamento do Sistema de Padroado, extinto com a proclamação da República em 1889. A Igreja agora, livre das injunções políticas do Governo Imperial, pôde cuidar melhor das necessidades pastorais do povo. A nova Diocese ficou em melhores condições para solicitar a ajuda pastoral das ordens religiosas, de organizar novas paróquias conforme as necessidades das populações dispersas pelo vasto território piauiense, sobretudo quando foi fundado o Seminário Diocesano por Dom Joaquim, e ainda depois do pedido do segundo Bispo, Dom Otaviano Pereira de Albuquerque, em criar a Prelazia de Bom Jesus do Gurguéia, em 1920, no que foi atendido pela Santa sé.

Em 1944, a pedido de Dom Severino, o Papa Pio XII cria as Dioceses de Oeiras e Parnaíba, passando a então Diocese do Piauí a se chamar Diocese de Teresina, que em 1953 foi elevada à categoria de Arquidiocese, tendo como seu primeiro Arcebispo o mesmo bispo que desde 1924 já vinha pastoreando neste território, Dom Severino Vieira de Melo, o qual veio a falecer em 27 de maio de 1955, transcorridos 31 anos à frente da grei piauiense.

Para suceder Dom Severino, o Papa Pio XII, em 1956, nomeou para Teresina o ilustre Dom Avelar Brandão Vilela que, com sua eloquência e dinamismo, próprios de sua personalidade, introduziu a Arquidiocese nos ventos das renovações pastoral, litúrgica e eclesial do tempo, corroborados pelo Concílio Vaticano II.

Chegaram, nos anos seguintes, pastores que continuaram o trabalho próprio da Igreja, sempre balizados e inteirados das reais necessidades do rebanho a eles confiado, a saber: Dom José Freire Falcão, com sua prudência e zelo pastoral; Dom Miguel Fenelon Câmara Filho, com sua bondade e determinação nas ações eclesiais e sociais; Dom Celso José Pinto da Silva, com sua mansidão e firmeza nas decisões; Dom Sérgio da Rocha, com sua cultura e abertura ao diálogo e, finalmente, até os dias atuais, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, com sua simplicidade, segurança e senso de organização pastoral, litúrgica e administrativa.