A Pastoral Familiar é um serviço que se realiza “na Igreja e com a Igreja”, de forma organizada e planejada através de agentes específicos, com metodologia humanizada e tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que esta se encontra. A meta é proporcionar uma vivência digna nos lares e estabelecer relacionamentos fortalecidos na fé. E é essa a missão do novo casal coordenador da Pastoral Familiar Arquidiocesana, seu Eduardo Medeiros e Dona Edileuza Maria.
E é dizendo sim a essa convocação e aos desafios que terão pela frente que o casal pretende solidificar a caminhada na formação de novas gerações conforme o plano de Deus.
“Nosso foco de trabalho é coletivo e abrange todas as famílias, independentemente de sua situação familiar, com o propósito de promover a inclusão e resgatar os valores e a dignidade de cada pessoa”, apresenta-se Eduardo que antes ao lado da esposa serviam como assessor de secretaria e agora terão a responsabilidade de conduzir a pastoral durante os próximos três anos.
Vale reforçar que foi no Concílio Vaticano II que se começou a delinear na Igreja uma proposta inspiradora para os esforços de evangelização da família. Desde o início de seu pontificado, o Papa João Paulo II dedicou atenção especial à família e no Brasil, a Pastoral Familiar começou a sistematizar a sua caminhada na década de 80, onde foram realizados vários encontros nacionais com os representantes de alguns movimentos e serviços familiares.
Em 1981, no IV Sínodo dos Bispos, foi promulgada a Exortação Apostólica Familiaris Consortio sobre a missão da família cristã no mundo de hoje e desde então, foram realizadas muitas ações pela Igreja no Brasil, mas, percebe-se que a missão da Pastoral Familiar é muito mais ampla, urgente e indispensável, como bem reforça o novo casal.
“A Pastoral Familiar pode e deve contribuir para que a família seja, de fato, lugar de realização humana, de santificação na experiência de paternidade, maternidade e filiação e de educação contínua e permanente da fé. Por isso, a família deve ser ajudada por demais grupos e movimentos e é isso que queremos e faremos. A missão evangelizadora da Pastoral Familiar é a defesa e promoção da pessoa em todas as etapas e circunstâncias da vida e a defesa dos valores cristãos para o matrimônio e os relacionamentos pessoais e familiares”, pontua Dona Edileuza.
Para isso, é imprescindível promover articulações dentro e fora da Igreja, para defender a vida em todas as suas etapas e dinamizar e orientar ações em favor da família. “A frente da pastoral existe uma estrutura nacional, mas vamos respeitar a Igreja particular. Preparamos um calendário adequado às realidades da nossa Arquidiocese. Nossa meta é entre outras, contribuir e apoiar a formação dos agentes, que melhor capacitados poderão trabalhar ao lado das famílias”, reforça seu Eduardo.
“Buscaremos ser coerente e ter embasamento, conhecimento para passarmos segurança, estaremos nas paróquias, foranias, diaconias e em todos os lugares, será um triênio intenso e já podemos confirmar que já tem data o Lazer das famílias em abril; junho temos a realização do Encontro Arquidiocesano de Namorados . O segundo semestre abrimos com a Semana Nacional da Família que já de forma tradicional tem sua abertura com a 3° Romaria das famílias. Outubro é o retiro pós-matrimonial, enfim. Serão muitas atividades e o tripé desses encontros será a valorização do matrimônio, o diálogo dentro da família e a educação dos filhos”, completa Eduardo.
Ser família cristã no mundo em que vivemos não é das mais simples missões. Quando questionados sobre esse desafio o novo casal coordenador demonstra esperança. “É fato que observamos e estamos atentos a essa perda de valores, mas sabemos e queremos a compreensão dos pais que devem perceber a sua importância. Eles são os primeiros catequistas dos seus filhos. Não se cria filhos como antigamente, mas podemos adequar essa criação de acordo com os planos de Deus”, ratifica.
A família foi mesmo sonhada, planejada e idealizada. Família é morada de amor e de perdão e para que assim seja o casal vai focar no trabalho de “estimular e renovar as famílias a viverem o sacramento com fé e esperança”.
“São Paulo nos diz que devemos servir com alegria e trabalharemos dessa forma: queremos ser espelho do serviço. Afinal, servir é testemunho de fé”, finaliza Eduardo.
Por Vera Alice Brandão