Durante este último final de semana, foi realizado pela Renovação Carismática Católica do Piauí (RCC-PI), o I Congresso Estadual do Ministério de Fé e Política, que nesta primeira edição tem como tema central, “Diante do cenário político atual, vai ficar parado?”. O encontro teve como local o auditório monsenhor Mateus, do Centro Pastoral Paulo VI.
Iniciando no sábado (22) com Workshop sobre o papel do Ministério de Fé e Política, voltado para coordenadores de Grupos de Oração da RCC e retomado a tarde sendo aberto ao público em geral. A abertura contou com a participação de Dom Celso José dentre outros membros da arquidiocese de Teresina. O Ministério de dança e louvor esteve presente com uma belíssima apresentação, outros momentos foram reservados para louvor em comunhão com os irmãos.
Sérgio Zavaris, coordenador nacional do ministério pregou sobre o tema central. “Devemos refletir sobre nosso engajamento enquanto fé e política dentro da Renovação Carismática e a renovação dentro da sociedade. O Ministério de Fé e Política não tem meramente o papel de organizar as eleições, somos chamados a um olhar mais amplo, precisamos abrir espaços, ir para os debates sabendo que não somos donos da verdade, mas é preciso levar a verdade, que é Cristo, a luz do mundo”, definiu Sérgio sobre o serviço do ministério.
Em seguida, Ítalo Cavalcante Sousa, advogado e ministro da eucaristia, refletiu com os participantes sobre a temática apresentando pontos importantes da nossa constituição em que protegem a família. “Somos chamados a autenticidade, se somos cristãos, tudo que fazemos e pensamos deve ser antes previsto com a pergunta: o que faria Jesus no meu lugar?”, indagou o advogado.
A programação do primeiro dia finalizou com momento de profunda intimidade com Deus através da adoração.
O domingo (23), seguiu com debate a respeito da ideologia de gênero tendo como debatedores, Edina Oliveira, coordenadora arquidiocesana do Ministério de Fé e Política, Carlos Wagner, advogado e presidente da comissão arquidiocesana de direitos humanos, Dom Celso José, arcebispo emérito da capital e Maria Luiza Sá, representante da comunidade católica Shalom.
Edina Oliveira abriu os debates despertando sobre o trabalho que tem que ser urgente e necessário, pois muitas coisas já estão acontecendo, entre as crianças e a relação sexual com os adultos.
Dom Celso afirmou que tem se a necessidade de uma educação, clara e verdadeira sobre a posição na família. “É necessário fortalecer muito as nossas convicções, fortalecer essa consciência. Na história concreta temos o exemplo da Dinamarca, primeiro a adoção da ideologia de gênero, inclusive com punição judicial dos pais que se opõe, daí vem a legitima entre o casamento homossexual, daí se passou para essa relação com animais. Hoje na Dinamarca tem escolas de treinamento para treinar animais para ter relacionamento com as pessoas, existem prostíbulos especializados com animais”, definiu o arcebispo emérito colocando o exemplo dinamarquês.
O debate sobre ideologia de gênero segue com a exposição feita por Carlos Vagner, mestre em Ele afirmou que vivemos na era das incertezas, não se sabe mais dentro da concepção de mundo o que é certo e o que é errado. “Assim, não podemos defender uma ideologia de gênero, mas a igualdade entre homem e mulheres deve existir, está na nossa constituição. Devemos levar nossas certezas para convencer os duvidosos e incertos, adequando nosso discurso com a sociedade pós-moderna”, finalizou.
Dom Jacinto Brito, arcebispo arquidiocesano fechou o congresso com palestra a “Igreja, sociedade e política”. “Espero que a maneira como começamos a tratar de fé e política se torne uma semente e se espalhe pelo mundo todo, não esperamos que a primeira vista todos mordam, se entusiasme. Nem sempre o que aparece é o mais importante, por isso não devemos ter medo de trabalhar como formiguinha”, Afirmou o arcebispo que encerrou o encontro presidindo santa missa.