É tradição em várias regiões do Brasil, especialmente no Nordeste, comemorar as festividades juninas durante o mês de junho. Nesse período, os cristãos celebram três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
De acordo com o Padre José Nery, vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Dores, essa tradição surgiu como uma forma de celebrar a colheita, onde os agricultores se reuniam com vizinhos, padres e toda a comunidade para festejar. “Quando falamos das festividades juninas, devemos pensar em um tempo de louvar e agradecer a Deus por tudo o que Ele nos concede em sua bondade. Aquilo que colhemos é fruto de Suas mãos, e a terra nos dá constantemente motivos para nos reunirmos e fazermos festa”, explicou.
Santo Antônio, celebrado em 13 de junho, é conhecido como o “santo casamenteiro”, a quem são atribuídas preces para encontrar um bom casamento. São João Batista, comemorado em 24 de junho, é simbolizado pelas fogueiras que iluminam a noite e aquecem os corações. Ele é primo de Jesus e um símbolo de pureza e dedicação à fé. Já São Pedro, festejado em 29 de junho, representa a simplicidade e a fé inabalável. Ele é o pescador que se tornou a pedra fundamental da Igreja, visto como um guia espiritual cuja rigidez é equilibrada por um coração bondoso e puro.
Essas festividades são mais intensas no Nordeste, associadas à alegria do renascer da natureza e aos momentos de fartura e bonança. O sacerdote destaca que o momento ajuda na propagação da evangelização e da fé católica. “Com a celebração dos santos, era comum toda a comunidade se reunir para rezar durante as novenas e depois festejar, por meio de danças culturais, música e arte. Tudo isso é uma forma de sermos em Deus e para Ele”, pontuou.
A devoção a esses santos expressa a alegria e a fé de um povo que celebra suas raízes e crenças com fervor.