No dia 03 de dezembro, primeiro domingo do Advento, a Igreja inicia um novo Ano Litúrgico. Diferentemente do ano civil que é numeral e a cada ano vai somando mais anos, o Ano Litúrgico dominical é trienal e distinto pelas letras A, B e C. Cada um deles é dedicado a um evangelista sinótico, Mateus (A), Marcos (B) ou Lucas (C) e João aparece nos dias de festa e solenidades, principalmente no Tempo Pascal, a fim de que a cada ano possamos acompanhar o ponto de vista de cada evangelista a respeito do conhecimento que tinham de Jesus.
Segundo o padre Jailton Pinheiro, pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, localizada no bairro Buenos Aires, São Mateus traz uma perspectiva para a evangelização dos judeus. Já São Marcos trazia um olhar mais profundo para o mundo pagão, e São Lucas tratava de uma realidade onde a Igreja estava estabelecida, como por exemplo nas grandes cidades, onde a comunidade já entendia o ministério de Cristo.
“Isso significa dizer que há perspectivas diferentes de olhar o mesmo mistério, para que nós possamos compreender a sua trajetória através das várias posturas que os evangelistas tiveram a partir das celebrações dos mistérios de Cristo”, explicou o sacerdote.
Em 2024, a Igreja Católica vivenciará o Ano Litúrgico B dedicado ao Evangelho de Marcos. Nesta escritura, Jesus é apresentado de forma mais humana e mais próxima das situações conflitantes da vida. “São nessas leituras em que podemos encontrar respostas para os nossos sofrimentos e um Deus que se interessa pela humanidade acolhendo as nossas dores, e mais atuante nas misérias e nas dificuldades”, completou.
Os principais exercícios espirituais que devem ser desenvolvidos durante a vivência deste ano litúrgico, incluem participar das celebrações litúrgicas, renovando os mistérios da ressurreição do Senhor, além das práticas das leituras orantes e estudos bíblicos.
Em Tuas Mãos
A entrevista completa com o padre Jailton Pinheiro já está disponível na íntegra no canal do YouTube da Arquidiocese de Teresina.