Na manhã do último domingo (28), a Arquidiocese de Teresina realizou o lançamento e o estudo da nova Cartilha do Dízimo que este ano traz como tema “Dízimo: Nossa expressão de cuidado com os pobres” e o lema “Entre eles ninguém passava necessidade” (At 4,34ª). O evento teve início às 08h, no auditório Paulo VI, localizado na Avenida Frei Serafim, e trabalhou temas diretamente relacionados à Campanha da Fraternidade 2023, reforçando as consequências deixadas pela Covid-19.
Conforme externa o assessor eclesiástico da Pastoral do Dízimo na Arquidiocese de Teresina, diácono Giovani Batista, a cartilha será utilizada como material para o mês de animação do dízimo de 2023. Ela é composta por cinco encontros que devem ser realizados nas famílias, onde cada um apresenta temas centrais que serão aprofundados a partir da necessidade da Igreja em alcançar aqueles que mais sofrem.
“Quando falamos nesse cuidado com os pobres, não falamos apenas da pobreza material, mas de todas as pobrezas, principalmente a existencial, que tem sido muito comum no nosso tempo”, afirma.
Segundo ele, a importância de se trabalhar a cartilha nas comunidades da Arquidiocese de Teresina é a busca por despertar a sociedade para o seu senso de ser Igreja, onde cada pessoa se reconheça como membro da Igreja e assim possa assumir a missão de cuidar dos mais vulneráveis. “Nossa cartilha é voltada para todos aqueles que frequentam a Igreja e estão inseridos ou não nas pastorais, mas principalmente para a sociedade que vive no entorno da Igreja que de certa forma vive alheia a esta vida em comunidade”, pontua o diácono.
O arcebispo de Teresina, Dom Juarez Marques, destaca que o centro de sua missão é este trabalho de conscientização para a participação das pessoas, já que é baseado nas Sagradas Escrituras e na vivência da Igreja. “Quando nós vivemos em uma sociedade que não é justa, como cristãos nós devemos ajudar a resolver estes problemas, principalmente aqueles que são vítimas de um sistema injusto. Em nosso país, são milhões de pessoas que sofrem com a insegurança alimentar e através do dízimo nós esperamos ajudar, conscientizando para a prática da justiça e da misericórdia”, explica o arcebispo.
José Lindomar, coordenador do Dízimo da Paróquia São Joaquim, relata que pretende trabalhar a cartilha reunindo toda a paróquia e fazendo um repasse de tudo que foi trabalhado durante o encontro. De acordo com ele, o ato de ser dizimista vai muito além de ajudar aqueles que sofrem, se destacando como um ardente desejo daquele cristão que é evangelizado.
“Ser dizimista é sermos coparticipantes da Igreja de Jesus Cristo, onde somos evangelizados através dessa ajuda, não só em bens materiais, mas também levando essa evangelização a todos os espaços”, finaliza.