O tempo do Advento é para toda a Igreja a vivência do mistério de espera e preparação da vinda de Cristo. Este tempo, que se iniciou na última semana de novembro e vai até o dia 24 de dezembro, visa em especial preparar a comunidade para celebrar o Natal, sendo um período de piedosa e alegre expectativa.
Sua liturgia impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, também sendo tempo propício para a conversão. Segundo o padre Klebert Viana, pároco da Catedral Metropolitana Nossa Senhora das Dores, a teologia do Advento celebra a dupla vinda de Cristo, sendo elas a encarnação e a segunda vinda que é tão esperada a cada celebração litúrgica. Já as Antífonas do Ó, são o resumo da expectativa messiânica.
“As Antífonas vêm justamente para mostrar a expectativa da vinda do Messias, que é Aquele que virá para trazer um tempo de paz, justiça, abundância e todos os bens do céu para todos”, destaca o sacerdote.
As Antífonas são recitadas do dia 17 ao dia 23 de dezembro, dentro de um contexto específico, fazendo parte na maioria das vezes da liturgia. De acordo com o pároco, antes elas eram recitadas como expressões de oração, e depois entraram para a Liturgia das Horas, sendo rezadas como precedentes da oração do Cântico Evangélico.
“Nós recitamos as Antífonas neste período aos fins de tarde, já que remete ao dias em que Nossa Senhora estava prestes a dar à luz ao Menino Jesus, mostrando justamente a expectativa para acolher o Messias, já que toda a espiritualidade está voltada para a expectativa da vinda de Jesus”, explica.
Recitar as Antífonas do Ó significa um tempo de esperança, de promoção da paz e da renovação, onde toda comunidade é convidada a nutrir o coração com esses sentimentos.