No último fim de semana, a Arquidiocese de Teresina em parceira com a Associação dos Médicos Católicos, realizou um debate acerca do autismo, doença que acomete crianças e jovens mundialmente. A partir da iniciativa, foi criado um grupo de trabalho intitulado “Família, fé e autismo”, com o objetivo de entender os apelos de Deus para o trabalho da evangelização das famílias que convivem diariamente com a condição.
Segundo o padre Igor Torres, auxiliar da comissão que trabalha com o autismo, a iniciativa surgiu ano passado durante os atendimentos espirituais, onde muitas famílias relatavam uma grande preocupação em torno do autismo, que posteriormente acabou se mostrando como um fenômeno muito presente em Teresina.
De acordo com o sacerdote, a comissão faz parte dos trabalhos da Associação dos Médicos Católicos de Teresina e está se estruturando para ser oficializada no mês de outubro. “A oficialização da comissão só acontecerá no mês de outubro, mas nós já começamos a trabalhar. Não quisemos esperar, porque vimos que era uma urgência. Nossa principal preocupação é que dentro do discurso de inclusão, existem também o discurso sobre inclusão no campo da espiritualidade, para que essas crianças sejam inseridas na vida de fé, o que também é uma dignidade batismal”, explicou o auxiliar.
Alzira Santos, médica e membro da comissão, afirma que a iniciativa é muito bem-vinda tanto para os médicos quanto para as famílias que vão se beneficiar. De acordo com ela, o principal é acolher e proporcionar a essas crianças, uma visão e participação no desenvolvimento da espiritualidade. “Com essa iniciativa as crianças e os jovens vão entender quem é Deus, e quem é o Espírito Santo, e o que eles representam para a nossa vida”, destacou a médica.
Durante o debate foi exposta uma visão geral do autismo para o grupo que estava presente na Capela Universitária São Paulo VI. Após a ação, serão implantados grupos de escuta com as famílias e a apresentação de uma síntese do que foi ouvido das dificuldades e expectativas expostas, para que a Igreja possa trilhar os caminhos de acordo com a necessidade de cada um, havendo a inserção das famílias no ambiente da espiritualidade.