Entre os dias 26 a 30 de julho acontece a campanha “Quanto vale a vida?”. A ação é uma iniciativa da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e tem como objetivo sensibilizar a Igreja e a sociedade brasileira sobre o tráfico de pessoas.
Conforme Luciana Fontes, coordenadora pedagógica da Cáritas Arquidiocesana de Teresina, o Estado precisa assumir a responsabilidade de cuidar de pessoas que passaram por essa situação. “A intenção é sensibilizar e mobilizar tanto a igreja quanto a sociedade brasileira para essa temática que é muito custosa e que tira a dignidade de muitas pessoas”, explicou.
Por conta da pandemia, a campanha está acontecendo remotamente por meio de debates, lives e celebrações. Ainda de acordo com a coordenadora, a conscientização é uma das ações possíveis para que se alcance uma sociedade que respeite a dignidade humana.
“É um problema cotidiano e não está distante da nossa realidade. O tráfico humano está ligado a inúmeras questões além do trabalho análogo ao escravo. A exploração infantil, o tráfico de órgãos, a exploração sexual também são problemas pertinentes e que devem ser enfrentados”, continuou.
Canal de denúncia
A principal forma de enfrentamento do tráfico de pessoas é a denúncia. Segundo Luciana Fontes, crianças e adolescentes, assim como as mulheres, são as principais vítimas.
“As pessoas podem denunciar por meio do Disque 100, que é um canal que analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos, e o tráfico de pessoas está dentro dessa temática”, concluiu.