A ASA – Ação Social Arquidiocesana é uma entidade sem fins lucrativos administrada pela Arquidiocese de Teresina há 64 anos, sempre trabalhando de forma proba, ética e íntegra na promoção do ser humano, especialmente os mais necessitados e vulneráveis.
O Presidente atual da ASA é o presente signatário, Arcebispo metropolitano de Teresina. Na gestão da ASA há uma Comissão Central composta de padres, diáconos e leigos, bem como de um Conselho Fiscal.
Guiada à luz do Evangelho, com o propósito de realizar um serviço social que garanta dignidade às pessoas desassistidas e esquecidas pela sociedade, a ASA vem prestando, ao longo de mais de seis décadas, um trabalho primoroso, conhecido e reconhecido por todas as pessoas de bem, complementando um serviço que é obrigação do poder público, de acordo com a Lei da Organização Social – LOAS.
Em Teresina, são muitos os serviços administrados pela ASA em parceria com a Prefeitura de Teresina. Para os que desconhecem, por desinformação, bastaria citar o Lar de Misericórdia – casa de acolhimento a pacientes com câncer que vêm a Teresina em busca de tratamento; Centro Maria Imaculada, referência no atendimento a pacientes com hanseníase, em sua integralidade; Lar de Santana, casa de acolhimento a idosos; Casa de Zabelê – um dos mais belos projetos realizados em defesa e promoção de crianças em situação de vulnerabilidade; Lar da Fraternidade, até o ano passado abrigando pacientes com o vírus HIV e recentemente cedido à Prefeitura para receber pacientes idosos com Covid-19; Projeto Levanta-te, Vem para o Meio, responsável pela qualificação de pessoas com deficiência e sua inserção no mercado de trabalho.
Informamos que todos os recursos oriundos de repasses municipais são depositados na conta jurídica da ASA – jamais em conta pessoal de qualquer dos seus administradores como foi erroneamente divulgado em redes sociais. Tais recursos são submetidos à prestação de contas rigorosa e auditados pela AUDIPER e pelo Ministério Público, observadas as leis de regência. Nunca, NUNCA, em todo o tempo da sua existência, houve qualquer irregularidade na prestação de contas da ASA, por menor que fosse.
A Arquidiocese de Teresina como toda a Igreja Católica está ciente de que a caridade é parte constitutiva e irrenunciável de sua missão. Já nos Atos dos Apóstolos a coleta pelos pobres de Jerusalém, a partilha de bens entre os irmãos e o cuidado com os vulneráveis (viúvas!), exemplificam essa realidade.
Mas a Igreja Católica só faz caridade com o que tem! Se as nossas casas de atendimento acima descritas não contarem mais com os recursos necessários, oriundos de doações e de parcerias com Entidades, como a Prefeitura Municipal, reduziremos ou encerraremos várias atividades, encaminhando os até então beneficiados para o lugar onde se recebe impostos da população, tanto para a educação, quanto para a saúde.
Ressalto, ainda, que a Arquidiocese de Teresina, da qual sou pastor e administrador age conjuntamente. Cabe ao Arcebispo aprovar e recomendar a execução de obras pastorais e caritativas, em nome da mesma.
O ataque ao Vigário Geral, Pe. Tony Batista, como por mim delegado na coordenação a ASA é um ataque a Arquidiocese de Teresina, a Igreja Católica.
Como não precisamos nos defender declaro que a ASA abre suas portas no Edifício Paulo VI, Av. Frei Serafim, 3200, a quantos desejarem ter acesso às nossas prestações de contas.
Por dever de ofício, cuidado e transparência com os serviços públicos prestados pela ASA, noticiamos, formalmente, ao órgão fiscalizador e competente para zelar pela continuidade das políticas públicas, que é o Ministério Público Estadual, rogando pelas providências devidas.
Registro aqui, em íntima comunhão com os servidores da ASA, o nosso voto de confiança e irrestrito apoio a pessoa do Pe. Tony Batista, que no exercício do seu ministério pastoral já marcou esta Arquidiocese com seu testemunho de sacerdote zeloso e excelente administrador. As marcas da sua dedicação aos mais pobres já são um patrimônio da nossa Igreja em Teresina.
Em tempo, como a SEMCASPI acatou a recomendação do MPPI/MPT, em relação aos projetos cujos termos não serão renovados, terão vigência aditivada por 90 dias para os trâmites de encerramento. Também a SEMCASPI informou ter adotado providências para o cumprimento das obrigações financeiras, inclusive as em atraso.
Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho
Arcebispo Metropolitano de Teresina
Presidente da Ação Social Arquidiocesana
Teresina, 10 de fevereiro de 2021