Atendendo a uma convocação do Papa Francisco, a Arquidiocese de Teresina implantou a Comissão para Defesa dos Menores e Vulneráveis. O documento de implantação foi assinado nesta segunda-feira, 21 de dezembro, durante reunião na Residência Episcopal.
“Não há no mundo nenhuma instituição tão focada em enfrentar de frente abusos à menores quanto a igreja católica. O papa Francisco solicitou que as Dioceses de todo mundo implantasse uma Comissão para receber possíveis denúncias de abuso sexuais e também morais, e estamos todos cumprindo essa recomendação”, explica o Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, que escolheu os membros da comissão.
A comissão é formada por seis pessoas da igreja católica onde três são instituídos (dois padres e um diácono) e três são leigos, dos quais, duas mulheres:
Padre Genival de Sousa (presidente), juiz presidente do Tribunal Eclesiástico Arquidiocesano;
Alexandre de Almeida Ramos (coordenador), advogado, juiz auditor do tribunal eclesiástico arquidiocesano, pós graduado em direito canônico;
Padre Ataan Castro Brito, secretário executivo do Regional Nordeste IV;
Diácono João Batista Rios, juíz aposentado, consultor do tribunal eclesiástico;
Adriana Ferro, advogada criminalista, professora universitária;
Cida Santiago, assistente social, teóloga, agente social;
Comissão Arquidiocesana para Defesa dos Menores e Vulneráveis
A comissão vai apurar todas as denúncias independente do tempo de ocorrência. “Ao contrário do Direito Civil, na nossa igreja não há prescrição de crime e pecado. Então se a comissão receber uma denúncia de algo que ocorreu há mais de 30 anos, o caso vai ser apurado e as providências de assistência às vítimas acontecerão como qualquer outro mais recente”, pontua o Arcebispo.
Com a formalização junto ao Núncio Apostólico do Brasil, o grupo começa a atuação a partir de fevereiro de 2021.