Uma oração sacramental realizada sem seguir o rito da Igreja, pode validar o sacramento? Imagine que um fiel investido de autoridade para oferecer a unção dos enfermos não recorde a oração elaborada para esse sacramento, mas entoa uma súplica pessoal e unge a pessoa que está recebendo a unção com o óleo sagrado. Esse momento teria validade como sacramento?
O questionamento foi enviado por um ouvinte e respondido pelo Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, através do quadro “Conversa com Dom Jacinto”, transmitido toda sexta-feira a partir das 8:40 da manhã no programa Rádio Jornal da Pioneira primeira edição (frequência 88,7 FM ou por plataforma digital).
Segundo Dom Jacinto, em resposta à pergunta, toda súplica é ouvida por Deus, e a Igreja cria as orações apenas para facilitar o momento. “A fórmula do sacramento (unção dos enfermos) é muito breve. Foi composta pela igreja com o sentido de suplicar o socorro divino para aquela pessoa. Se no momento de aflição o padre não se recorda, mas usa o óleo sagrado, unge e reza pelos enfermos como a Igreja deseja que seja feito, não tenho dúvidas de que a oração é válida e o sacramento também. Essa fórmula já sofreu várias alterações, não é uma palavra deixada por Jesus, é uma oração de súplica que a Igreja usa para nos orientar”, explica o Arcebispo de Teresina.
Durante explicação, Dom Jacinto recordou a oração que aprendeu a conduzir ainda nos primeiros anos como sacerdote, comentando os gestos de ungir a fronte e se possível o peito do enfermo. “Estou seguro de que há uma validade porque a oração é uma súplica e Deus ouve a nossa súplica. A Igreja formula para nos ajudar”, acrescenta.
Para participar do quadro os ouvintes devem enviar suas perguntas através de mensagem de texto ou de áudio para o número: (86) 99439 1391. Quem desejar, também pode enviar através das redes sociais da Rádio Pioneira @radiopioneira88.7 ou no Instagram da Arquidiocese: @ArquidiocesedeTeresina.