Durante lançamento da Campanha da Fraternidade 2020, a Arquidiocese de Teresina destacou o compromisso mútuo de todos os agentes para com os mais necessitados. O momento aconteceu na manhã de quinta-feira (27) na Residência Episcopal, reunindo imprensa, representantes do clero e dos poderes executivo e legislativo municipal e estadual.
“Todas as instituições e indivíduos devem ter o compromisso de acolher o mais necessitados. Cuidar da nossa sociedade, do ambiente e do planeta é responsabilidade de todos. O tema da campanha esse ano nos alerta para esse cuidado contínuo, que enquanto Igreja fazemos através da evangelização, mas todo cidadão tem sua parte de responsabilidade nessa missão”, pontua o Vigário Geral da Arquidiocese de Teresina, padre Tony Batista.
Esse ano a Campanha tem como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), buscando conscientizar sobre o compromisso social que se traduz nas relações de cuidado e acolhimento à sociedade, comunidade, planeta e casa comum.
“Lidamos continuamente com esse tema quando tratamos a caridade que muitas vezes é entendida como esmola. Mas a caridade é bem mais ampla do que doar, é o doar-se. Quando nós trabalhamos o coração do ser humano nas nossas celebrações, nossas reuniões, nossos retiros e dias de espiritualidade para abrir o coração ao outro, sentir o outro, é uma vivência continua dessa campanha”, afirma Dom Jacinto Brito, Arcebispo de Teresina.
Durante o lançamento da Campanha na arquidiocese de Teresina, o governador do estado assumiu o compromisso junto à Igreja para concretizar a proposta social da campanha, sugerindo inclusive uma reunião com todos os bispos do Piauí. “Através da própria palavra de Deus podemos olhar esse momento do Brasil e do mundo. O ser um humano ficou muito artificial , então é importante ter esse olhar para as pessoas que precisam, e a reflexão que é feita durante esse período da Campanha da Fraternidade ajuda a criar um país com mais solidariedade e amor ao próximo”, declara o governador Wellington Dias.
Para o coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese, o momento é propício para reunir esforços junto ao poder público e à comunidade no intuito de transformar a atual realidade de exclusão que presenciamos diariamente. “Estamos disseminando a mensagem nas paróquias, que serão sempre comentadas pelos padres e os agentes dos grupos e movimentos paroquiais, vamos debater na Assembleia Legislativa, na Câmara Municipal e na mídia. Sempre com foco de fazer a sociedade refletir sobre o tema à luz do Evangelho”, garante padre Leonildo Campêlo.
Entendo que a Campanha não se concretiza na íntegra sem o apoio do poder executivo, o prefeito de Teresina também firmou seu compromisso junto à Igreja. “O tema nos conclama a ter uma postura diferente do mundo atual, onde as pessoas estão muito frias em relação às outras, estão envolvidas pelos interesses próprios e a racionalidade dos objetivos e, por vezes, deixam de fora a solidariedade e compaixão. Isso se aplica também aos poderes públicos que deveriam estar fazendo algo que faz parte da nossa alma cristã”, diz o prefeito Firmino Filho.
A Campanha da Fraternidade desse ano se inspira em Santa Dulce dos Pobres, canonizada pelo Papa Francisco, em outubro de 2019 . “Ouvir, sentir compaixão e cuidar” são os versos bíblicos que a Igreja Católica vai trabalhar na Quaresma este ano, por meio da Campanha da Fraternidade 2020.
Coleta Nacional da Solidariedade
A Campanha da Fraternidade se expressa concretamente pela oferta de doações na coleta da solidariedade. A doação (em dinheiro) é realizada no Domingo de Ramos que nesse ano será celebrado dia 05 de abril.
A Coleta da Solidariedade é parte integrante da Campanha da Fraternidade e representa um gesto concreto de fraternidade, partilha e solidariedade, feito em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs, paróquias e dioceses.
O resultado da Coleta da Solidariedade, com ou sem envelope, será encaminhado pelas paróquias à Arquidiocese. Do total arrecadado por esta coleta, cada diocese envia 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), gerido pela CNBB. A outra parte (60%) permanece na diocese para atender os projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).
Todos os projetos apoiados pelo Fundo Nacional de Solidariedade podem ser acessados diretamente na página do fundo, onde também se encontra a prestação de contas. Além disso, o portal da CNBB fez uma série de reportagens mostrando a atuação desses projetos. Para saber mais é só acessar o site da CNBB.
Por Flalrreta Alves