Com o objetivo de apresentar o amor de Deus em sua infinita misericórdia, a Pastoral Carcerária celebrou uma atividade na manhã do dia 18 de setembro na Penitenciária José de Ribamar Leite (antiga Casa de Custódia), localizada na zona sul de Teresina.
A ideia de comemorar a data por parte da Igreja teve o objetivo de levar aos encarcerados a Palavra do Pai e lembrar que a maioria dos homens e mulheres encarcerados esperam da lei uma chance para provar que todas as pessoas valem mais que seu próprio erro.
A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, e aconteceu no pátio da instituição, contando com agentes da Pastoral Carcerária, Pastoral do Povo de Rua, funcionários e ainda o Secretário de Justiça do Estado, Carlos Edilson Barbosa, que declara reconhecer os frutos da atuação pastoral no lugar.
“A Pastoral Carcerária vem desenvolvendo um trabalho de forma brilhante, trazendo a Palavra de Deus aos nossos reeducandos que estão aqui passando por um momento difícil, mas recebendo orientação e apoio para que possam sair daqui com outra mentalidade e visão do mundo. Temos relatos de nossos agentes que é perceptível a diferença entre pavilhões que contam com o trabalho de atuação da pastoral, pois é um dos mais tranquilos e com mais incidência de ressocialização. Nós agradecemos imensamente o trabalho desenvolvido pela pastoral e estamos à disposição”, afirma o secretário.
Antes da missa celebrada pelo Arcebispo foi realizado um momento de louvor, pregação e distribuição de lanche aos reclusos, que puderam receber também a visita de familiares nesse dia. Com atuação dentro dos presídios, a pastoral busca evangelizar através da palavra de Deus, e respeitar a dignidade da pessoa humana.
“Temos compromisso de oferecer assistência espiritual e humanitária, e o membro (presidiário) que se sentir chamado a participar da pastoral aqui dentro, deve manter o compromisso também ao sair da reclusão, recuperando a vida e a dignidade em sociedade”, pontua padre João Paulo Carvalho, vice coordenador da pastoral carcerária.
Os membros da pastoral realizam visitas a várias unidades prisionais do Estado com foco na evangelização e ressocialização. A iniciativa surgiu há mais de 30 anos através do falecido irmão Guido, um padre francês dedicou os últimos anos de sua vida em acolhimento aos presidiários, no local em que ele considerava que ninguém quereria ir, devido o anonimato, o aniquilamento e do castigo para a pessoa encarcerada, onde a Paixão de Jesus continua acontecendo.
A Pastoral trabalha para contribuir no aperfeiçoamento da situação do sistema prisional, promover a dignidade humana e motivar a criação de políticas públicas para as áreas prisionais, onde toda a população é convidada a participar.
Por Flalrreta Alves