A Comissão Pastoral da Terra no Piauí comemora 40 anos de atuação junto a Arquidiocese de Teresina. Para início das comemorações no próximo sábado dia 27 de julho será realizada a celebração no Assentamento Laginha Apolinário, município de Miguel Alves-PI.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Piauí busca seguir a memória do Evangelho, da vida e da esperança, fiel a Deus, aos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra, ouvindo o clamor que vem dos campos e florestas, seguindo a prática de Jesus, que procura ser presença solidária, profética, ecumênica, fraterna e afetiva através de um serviço educativo e transformador junto aos povos da terra e das águas, para estimular e reforçar seu protagonismo.
“Nesses 40 anos de caminhada tivemos inúmeros desafios, mas também muitas vitórias conquistadas com a luta dos agentes, lavradores, lavradoras e dos amigos e amigas que sempre contribuíram com a nossa causa. Hoje vimos até cada uma e cada um que ajudou a construir a CPT–PI para agradecer, para lembrar e principalmente para animar a luta e fortalecer a ESPERANÇA no meio do povo”, declara Gregório Borges, membro da coordenação executiva da CPT.
A CTP é uma pastoral ligada à linha de serviço da caridade, justiça e da paz da Igreja católica, mas que atua de forma ecumênica e historicamente tem sido assumido, através de agentes, lavradoras e lavradores um trabalho de base com a organização, formação e memória dos mártires da Terra, priorizando a convivência fraterna com a diversidade de povos, raças, etnias e credos.
No Brasil foi criada em 1975, em Goiânia (GO) e no Piauí surge a Comissão Pastoral da Terra, também conhecida como CPT, a partir do clamor dos povos do campo, das águas e das florestas, em meio à ditadura militar no Brasil, no ano de 1979. Na ocasião o Governo fomentava empresas e latifundiários a investir nas terras da Amazônia e do Nordeste fato que causou a expulsão de lavradores e lavradoras que a tempos já viviam nestas terras e por não haver documentação muitos foram ameaçados e expulsos de seus lares. Alguns moradores resistiram a essa expulsão e fortes conflitos de Terra se desencadearam. Surge assim a CPT-PI, em apoio aos lavradores e lavradoras do campo, com o intuito de fortalecer a luta digna e justa por Terra e direitos.