Acolher, proteger, promover, integrar e celebrar – esse é o lema da 34ª Semana do Migrante, desenvolvida através da Pastoral do Migrante que esse ano tem como tema “Migração e Políticas Públicas”.
A programação da Pastoral na Arquidiocese de Teresina inclui celebrações e rodas de conversa sobre a migração enquanto experiência humana, trazendo para o presente as raízes migratórias de um país tão plural como o Brasil e a realidade local da Arquidiocese.
“Nossa cidade (Teresina) também é formada por pessoas vindas de várias cidades e estados, principalmente dos estados vizinhos, e enquanto irmãos somos todos acolhedores, respeitando e integrando as origens”, comenta a coordenadora arquidiocesana da Pastoral, Socorro Oliveira.
A ciência aponta que os primeiros habitantes da América situavam-se no outro lado do Oceano, vindos da Europa ou da Ásia e migraram para este lado do mundo. Os livros bíblicos apresentam várias histórias envolvendo migração e acolhimento de pessoas. Considerando que todos somos peregrinos e peregrinas, na manhã dessa quarta-feira (19) foi realizada uma mística no Centro Pastoral Paulo VI. Na ação, foi apresentado o tema migração enquanto experiência humana e necessária.
O papa Francisco aborda o risco das migrações forçadas ao escrever que “a migração forçada das famílias, em consequências de situações de guerra, perseguição, pobreza, injustiça, é marcada pelas vicissitudes duma viagem que, muitas vezes, põe em perigo a vida traumatiza as pessoas e desestabiliza as famílias” (AL,46).
Vários sãos os motivos que levam à migração. No Brasil tivemos a grande leva da Amazônia no século XVI, em busca de especiarias naturais, as chamadas “drogas do sertão”. Nos anos 1890 e 1945 os soldados do Nordeste extraiam o látex e produziam a borracha. E atualmente temos a migração dos venezuelanos.
Venezuelanos em Teresina
Atualmente o país conta com a grande migração do país vizinho, Venezuela. Como seguidores de Cristo, somos convidados a acolher os irmãos, independente das motivações e origem.
“Essa semana ouvimos da administração pública que devemos criar mecanismos para barrar esse pessoal (venezuelano) em nossa cidade. Está errado. Enquanto cristãos devemos acolher e cobrar das instituições públicas a garantia da dignidade” diz a coordenadora.
A Arquidiocese de Teresina tem realizado um trabalho intenso de acolhimento e assistência aos imigrantes venezuelanos.
Quem desejar ter mais informações ou ajudar nesse trabalho, deve entrar em contato com a Cáritas Teresina, Pastoral Povo de Rua e Pastoral do Migrante.
Por Flalrreta Alves