É chegado o tempo litúrgico de vivenciar os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus que veio ao mundo para o martírio da cruz e vitória sobre a morte, mostrando a redenção de Deus misericordioso.
A Semana Santa teve início no domingo de Ramos, lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos Judeus. Com essa liturgia, a Igreja recorda o clamor da multidão ao receber o Messias, colocando ramos de Oliveira em sua passagem pela cidade. Na procissão de Ramos, são utilizados ramos de Oliveira ou Palmeira, vegetação típica de algumas regiões do Brasil. Esses ramos são recolhidos pela Igreja e utilizados para fazer as cinzas da quarta-feira de cinzas do ano seguinte.
“São ramos de Oliveira, símbolo da paz, e Jesus é o príncipe da paz. Ele entra em Jerusalém montado em um jumentinho, símbolo da mansidão. Aclamado pela multidão ’Hosana o filho de Davi’, confirma a promessa de Deus para a realeza eterna. Nós fazemos a procissão e entramos na igreja como símbolo da Jerusalém celeste” explica o Arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito.
Na segunda-feira santa, a Arquidiocese de Teresina realiza a “missa dos óleos”, com benção dos óleos, na Catedral da cidade. Nessa celebração, os instrumentos litúrgicos utilizados para os sacramentos de batismo, crisma, ordenação e unção dos enfermos são abençoados pelo bispo na presença do clero e da comunidade.
Terça-feira a celebração nos lembra o anúncio da morte de Jesus aos discípulos. Ele comunica aos seus seguidores que será traído e crucificado. Na quarta-feira o Evangelho mostra como se deu a traição por parte de Judas, que aceitou trinta moedas de prata como recompensa (MT 26,14-25).
Na quinta-feira santa ocorre o Tríduo Pascal, momento de intensificação de fé e oração. Nesse dia ocorre a “última missa”, do ano litúrgico da Igreja Católica. Na celebração é realizado o gesto de lava pés, conforme Jesus Cristo fez durante a Santa Ceia (momento que vivenciou com os apóstolos antes de Sua morte e crucificação) e a instituição da Eucaristia. “Esse é o meu corpo e meu sangue, comei e bebeis em memória de mim”, disse Jesus durante o jantar com seus discípulos.
Ao final da celebração, tradicionalmente é feita a procissão do santíssimo, que é recolhido da Igreja para vigília durante toda a noite.
Na sexta-feira celebra-se a Paixão e morte de Cristo. Os santos de todas as paróquias são cobertos com pano roxo. A Igreja vive em momento de recolhimento através do jejum e da oração. “Não deve ser um momento de luto, mas de profundo respeito diante da morte de Cristo”, diz Dom Jacinto. Às 15 horas, entendida como hora da misericórdia, pois foi a hora que Jesus morreu na cruz, é celebrada a Paixão.
No sábado santo, o recolhimento é mantido, para adoração e reflexão, também para reparação da maior festa da Igreja católica: A Páscoa!
“Queremos com Cristo entrar na sua glória, participemos ativamente das celebrações da Semana Santa”, convida Dom Jacinto.
Por Flalrreta Alves