Nos últimos dias, o termo tragédia foi bastante utilizado na imprensa nacional. O rompimento da barragem em Brumadinho (MG), as fortes chuvas no Rio de Janeiro que provocaram deslizamentos de terra e deixou muitas pessoas desabrigadas, o incêndio no centro de treinamento do Flamengo, aonde 10 adolescentes vieram a óbito… Uma sucessão de acontecimentos que causaram muita comoção aos brasileiros, em todo o canto do país. Diante desses fatos, surge uma preocupação de como as pessoas devem se preparar para lidar com essas tragédias.
Para o padre Fabrício Damasceno, é natural que esses problemas existam a nível pessoal: a perda de um emprego, um problema de saúde, perda de alguém da família faz parte da existência humana, porém quando a dimensão é social, provoca o que se conhece como comoção nacional. “Nós não estamos acostumados com esse efeito dominó que vem acontecendo. E nós enquanto cristãos somos convidados a provocar um anseio de fé, um desejo de ter mais fé e coloca-la de forma usual, para superar todos esses problemas, seja em nível pessoal ou social”, afirma o padre.
O fato é que não existe uma receita ou um manual de instruções que prepara as pessoas para enfrentar os problemas provocados por essas tragédias. A fé deve ser o suporte para melhor lidar com essas situações. De acordo com o padre Fabrício, a comoção nacional se dá pelo fato da existência da sensibilidade humana. E os cristãos principalmente, devem se solidarizar com a dor do próximo. “A própria escritura nos diz: devemos sorrir com os que riem e chorar com os que choram. Nós devemos de verdade abraçar essa causa enquanto nossa, independente de quem seja e da distância. Por isso muitos grupos espalhados por todo o mundo, se mobilizaram para enviar água e outros materiais, para que essas pessoas tenham uma ajuda vinda de cada um de nós”, destaca.
É importante ressaltar ainda que os cristãos não devem ter uma visão pessimista a cerca de tudo que vem acontecendo. O padre Fabrício afirma ainda que a fé embasa nossa esperança, se nós cremos, é porque nós esperamos dias melhores. “Penso mais do que nunca que essas tragédias devem nos unir para que nós, como cristãos que somos, tenhamos a certeza de lutarmos e querermos um mundo melhor”, finaliza o padre.
Por Ana Paula Lima