Às vésperas do Domingo de Ramos, 25, a Igreja Católica se organiza para a Coleta Nacional da Solidariedade. Na missa do próximo domingo, as coletas realizadas nas Igrejas em todo o Brasil serão destinadas para o Fundo Diocesano de Solidariedade. “O dinheiro arrecadado com essa coleta será destinado aos pobres”, afirmou o padre Leonildo Campelo, coordenador da Campanha da Fraternidade em nível Arquidiocesano .
A coleta é um gesto concreto da Campanha da Fraternidade, que busca, durante a Quaresma levar os fiéis a uma verdadeira conversão. Todas as doações desse dia são divididas entre o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) e o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). Para o FDS ficam 60% dos recursos, que são destinados ao apoio de projetos sociais da própria comunidade diocesana. Os 40% restantes compõem o FNS, revertidos no fortalecimento da solidariedade entre as diferentes regiões do país.
Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS)
Este Fundo, composto por 60% da coleta do Domingo de Ramos, é administrado pelo Conselho Gestor Diocesano. Normalmente, é constituído pela Cáritas Diocesana, de um representante das Pastorais Sociais, da Coordenação de Pastoral Diocesana, da Equipe de animação das Campanhas, do responsável pela administração da Diocese e de uma pessoa ligada ao tema da CF. O Bispo constitui este Conselho Gestor e, normalmente, o preside.
De acordo com padre Leonildo, “o cristão precisa estar atento às necessidades dos nossos irmãos. Inclusive, nosso Papa vem falando, constantemente, que não podemos nos acomodar com a globalização da indiferença, mas erguer nossos olhos e olhar para essas pessoas que estão em situação muito difícil, e, muitas vezes, um gesto nosso como esse, pode amenizar as situações”, pontuou.
Ainda segundo o sacerdote o valor é destinado “para o apoio de projetos sociais, geralmente relacionados ao tema da Campanha da Fraternidade, mas não só. A grande alegria desta obra do Pai é que podemos atender muitas pessoas que enviam projetos em algumas áreas, quer na formação, por exemplo, em vista do enfrentamento dessa realidade da violência, quer na mobilização de políticas públicas para combater essa situação”, acrescentou.
Campanha da Fraternidade 2018
A Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência”, é avaliada de maneira positiva pelo coordenador Arquidiocesano. “As comunidades abraçaram essa temática”. Para ele, foi uma campanha oportuna. “À medida que a campanha vai avançando, muitas comunidades tem a possibilidade de ouvir testemunhos de algumas pessoas que já tinham passado por aquela situação de violência”.
O padre conta ainda que a realização da Campanha da Fraternidade sempre gera reflexão e conscientização sobre o tema proposto e que, naturalmente, surgem muitas ações locais, nas paróquias e dioceses.
“A Coleta Nacional de Solidariedade, destaca o prelado, permite aos católicos ajudar os pobres e colaborar na continuidade do cuidado com a obra da criação”, disse finalizando.
Por Vera Alice Brandão