Os caminhoneiros, profissionais regulamentados por lei específica, formam uma das categorias que exercem um dos trabalhos mais perigosos do país. Como estão sempre em trânsito e longe da família, esses trabalhadores arriscam a vida nas estradas do Brasil. E é pensando na no fortalecimento da fé dessa categoria que a Pastoral do Migrante da Arquidiocese de Teresina inclui em seu calendário de ações momentos de evangelização voltados para eles.
A última ação foi na última terça-feira, dia 12, no Posto Magnólia, localizado no bairro Tabuleta. Uma missa reuniu caminhoneiros e funcionários do local. A celebração foi presidida pelo padre Antônio Cruz da paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Forania Sul I).

De acordo com Maria do Socorro Oliveira, que coordena a Pastoral do Migrante, um dos objetivos da pastoral é a valorização, pelo Evangelho, de quem vive e trabalha no ambiente rodoviário. “Também buscamos ser presença ambulante da Igreja nas estradas do Brasil e, por último, ajudar na organização social dos motoristas profissionais”, reforça.
“Pra gente que vive na estrada é uma bênção ter uma oportunidade assim”, contou João César da Silva, que encostou sua carreta e interrompeu a viagem para assistir à celebração. Ele foi um dos que se sentaram nas cadeiras do restaurante do posto às margens da rodovia.
A Pastoral do Migrante marca presença em viagens e durante as visitas aos estabelecimentos rodoviários, como por exemplo, postos de combustíveis, restaurantes, oficinas e borracharias. Tais visitas tem como finalidades criar um ambiente de amizade nas estradas e valorizar, pelo Evangelho, quem vive e trabalha nas estradas. Para conseguir isso, os agentes usam conversas fraternas ou até mesmo a celebração da missa. Esta última é realizada, em geral, a cada dois meses como explica Maria do Socorro.
“Identifico sempre dois pontos firmes na vida dos caminhoneiros: Deus e suas família. Para os caminhoneiros, porém, faltam oportunidades de progredir na fé e exprimí-la. Aqui está, portanto, o grande diferencial da Pastoral do Migrante”, finaliza.
Por Vera Alice Brandão