Foi durante o desfile de 7 de setembro de 2017 que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) realizou, em parceria com diversas instituições organizadas da sociedade civil, a 23ª edição do Grito dos Excluídos na Arquidiocese de Teresina. O tema debatido neste ano foi “Por Direitos e Democracia a luta é todo dia”.
“Nossa sociedade tem assistido, recentemente, uma crescente quebra de direitos. Nosso povo está muito martirizado e temos momentos como este que são para que as vozes se levantem e se mostre a necessidade de estar sempre buscando a igualdade de direitos”, explica a coordenadora da CPT no Piauí, irmã Ana Lúcia Corbani.
Em vias públicas, lutando pelo direito à igualdade entre os povos, e a paz, é que a Igreja particular de Teresina se posicionou. O objetivo foi de valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor e mais justo.
Fotos: Mário Jorge
“Esse também é o papel profético da igreja: lutar pelos direitos de todos. Não podemos como povo de Deus nos afastarmos dos debates que tiram o sono dos nossos fiéis. Temos que levantar bandeiras e anunciar que muita coisa está errada”, defende irmã Lúcia.
O movimento também contou com apoio da Central única dos Trabalhadores (CUT). Na edição 2017 do Grito dos Excluídos, os presentes chamaram atenção para um assunto polêmico que há tempos vem figurando na pauta do debate social.
“Queremos mostrar que somos contra a Reforma Trabalhista e Previdenciária. Hoje, inclusive, é lançado a nível nacional uma petição que requer a anulação das mudanças impostas pelo Governo Federal”, revela o presidente da CUT/PI, Paulo Bezerra.
O Grito dos Excluídos foi criado no ano de 1994 a partir de uma Campanha da Fraternidade e busca sempre se afirmar como a voz do povo insatisfeito. É falando o que pensa e sente que o movimento ganha as ruas e abre os olhos da população.
“Percebemos uma realidade: os políticos só escutam o povo quando o mesmo ganha as ruas. E é isso que fizemos. Fomos para as ruas mostrar nossa insatisfação e nosso desejo de mudança”, conta o presidente do sindicato dos Urbanitários do Piauí, Cláudio Fonteneles.
Por Lívio Galeno