A Igreja Católica está organizada de modo a garantir a missão evangelizadora dos povos. Por isso, adotou uma lógica de arranjo. Nesse contexto, em particular na Arquidiocese de Teresina, existem Áreas Pastorais, Diaconias, Comunidades e Paróquias. Para entender melhor cada uma dessas unidades procuramos o padre Wellistony Viana que nos ajudou a compreender essa disposição.
“Tudo não passa de uma forma de organizar o povo para melhor pastorear. Não podemos esquecer nunca que o objetivo de cada uma dessas unidades é a mesma: evangelizar. Essa é a função que é comum a todas. A menor célula de organização é a comunidade. Ela é, na verdade, todo o conjunto de pessoas que se reúne em torno de uma igreja, de uma capela”, explica o religioso.
As paróquias representem um conjunto de comunidades. Elas recebem este nome porque são administradas diretamente por padres. Na Arquidiocese de Teresina ainda existem as Diaconias. Elas são semelhantes às paróquias, mas são administradas por diáconos permanentes e contam com o apoio de padres que auxiliam principalmente na concessão de sacramentos ao povo.
“As confissões, a Celebração de Eucaristias e a Unção dos Enfermos são sacramentos que só podem ser ministrados por padres. Essa é a participação dos religiosos, que geralmente, estão ligados à paróquias, mas que ajudam os diáconos. Nas missões restantes, são os diáconos que assumem a administração e o trabalho de evangelização”, esclarece o padre.
Já as Áreas Pastorais podem ser entendidas como “embriões” de paróquias. Esse é o processo inicial para a formação de uma nova paróquia. É a partir da criação de Áreas Pastorais que se percebem as características do povo, suas necessidades espirituais e, principalmente, as atitudes que devem ser tomadas para a criação de uma nova paróquia em determinada realidade social.
“Não se pode ter paróquia sem a estrutura necessária para receber um pároco. Por isso, enquanto não se providencia a estrutura necessária como a construção da igreja, da casa paroquial e da secretaria, não se pode dizer que se tem uma paróquia, mas uma área pastoral que se prepara para receber a paróquia. E sim, as Áreas Pastorais são formadas por comunidades”, revela o sacerdote.
Arquidiocese e Diocese
Burocraticamente são a mesma coisa: um conjunto de paróquias administrado por um bispo. A diferença básica é que as arquidioceses tem uma importância geográfica e/ou histórica diferenciada. No Piauí, por exemplo, temos 7 Dioceses e 1 Arquidiocese.
“No Brasil são 44 arquidioceses. Todas as capitais de estados, por exemplo, são arquidioceses devido a importância das cidades. Mas em São Paulo, a cidade de Aparecida do Sul, que recebe o Santuário Nacional, também é Arquidiocese devido a importância da cidade para o país. Arquidioceses são, de uma forma mais simples, dioceses muito grandes que merecem destaque”, explicou o padre Wellistony Viana.
Por Lívio Galeno