Você já ouviu falar na Pastoral da Acolhida? A iniciativa já existe há três anos na Paróquia São Cristóvão e foi motivada pelo desejo do pároco da Igreja que tinha o anseio de partilhar o acolhedor amor de Deus. A vontade ganhou o apoio da comunidade e hoje, na prática, contribui para a missão de evangelização na Igreja.
Essa missão de acolher com amor, desde a entrada na casa do Pai até a benção final, foi dada ao casal Marinalva e Cláudio Veras, afinal acolher bem é dever de todo cristão que acredita num Deus vivo, que é sinônimo de amor. “Nosso pároco, padre Antônio Evandro, queria esse acolhimento de forma diferenciada, já que ele não poderia estar na porta recebendo os fiéis de forma única. Na prática a missão se dá através de escalas e ocorre durante os finais de semana nas missas especiais. Cada agente assume um dia. E cada fiel é recebido com alegria já na entrada da Igreja”, explica Marinalva.
Hoje são 24 agentes que compõem a Pastoral da Acolhida na paróquia e Dona Antônia Pereira é uma delas. A caminhada teve início junto com a filha e há um ano ela confessa que descobriu a vocação: servir ao Reino do Pai com alegria. “Servir a Deus é um dom e sou grata por essa missão. Às vezes não dá para assistir a missa na íntegra, mas vale o encontro com o irmão”, revela.
Mariane Vieira é estudante e também integra o grupo de agentes da Paróquia. Conhecida como uma das que mais compartilha sorrisos, ela justifica de onde vem essa motivação. “A alegria que vem de Deus e nos completa. A casa de Deus, que é também de todos os filhos, precisa receber os irmãos com amor para que eles voltem”, ratifica.
Esse também é o sentimento que tem Dona Maria do Carmo, paroquiana que participa das celebrações e garante que essa acolhida é muito importante. “Esse acolhimento faz voltar e é mais um motivo para nos aproximarmos do Pai”, enaltece.
De fato, Dona Maria tem razão. Todos se sentem bem quando são bem acolhidos e, se somos irmãos e filhos do Pai, devemos seguir seus ensinamentos. Está lá em Mateus: “Quem recebe vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que enviou” (Mt 10, 40)
Outra paróquia da Arquidiocese que também conta com o serviço dos agentes da Pastoral da Acolhida é o Santuário São Francisco de Assis, localizado no bairro Dirceu I. De acordo com o pároco e coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Gonçalo Teixeira, as formações com os membros da pastoral são permanentes e os encontros espirituais contínuos. “Afinal, todo e qualquer agente antes de servir tem que se preparar. Ninguém pode dar algo que não têm. Esse é um dom, mas acima de tudo um compartilhamento de amor que para acontecer precisa de preparação”, explica o sacerdote.
No Santuário a missão dos agentes da pastoral da Acolhida é similar à missão de um padre, compara o pároco. “Nós estamos em constante formação. Todas as quintas, por exemplo, estamos juntos lá na casa do Arcebispo para vivências espirituais, assim é e deve ser o agente. Agora mesmo, estava há pouco lendo a Palavra de Deus para me comunicar com os fiéis. Refletindo para tocar os corações com amor. Apesar da missão na prática se dar dentro da casa de Deus, o ser cristão não se limita ao templo. O servir ultrapassa as fronteiras e deve ser estendido para os lares, os ambientes de trabalho. Enfim, se você tem o amor de Deus, você vai compartilhar onde quer que vá”, pontua.
No Santuário os agentes acompanham as celebrações e recebem os fiéis desde a entrada e as tarefas são realizadas durante toda a missa. Seja na orientação para acomodar os fiéis, ou no cumprimento com um “ bom dia” ou “boa noite” ou até servir um café ou um chá para aquele irmão que não se alimentou. Todos os membros são orientados a ficarem atentos e, em casos mais delicados, como um fiel vir a passal mal, existem até profissionais da saúde que integram a equipe e estes fazem a abordagem com zelo e cuidado. De acordo com o padre Gonçalo “esse é um dom que passa por formações permanentes”, finaliza o pároco.
Com informações de Lívio Galeno
Por Vera Alice Brandão