A Escola Diaconal São Francisco de Assis, da Arquidiocese de Teresina, atua na formação de diáconos desde o ano 2000, quando foi fundada. O quadro de formadores é composto por sacerdotes e diáconos, além de religiosos que compartilham seus conhecimentos para a formação de filhos fiéis ao Pai. Em agosto deste ano a casa de formação dará mais uma contribuição para nossa Igreja: uma nova turma, com 15 futuros diáconos que poderão receber a ordenação diaconal.
Com esse reforço a nossa Igreja irá ganhar novos irmãos que terão a missão de apoiar e servir na caminhada de evangelização: doação essa compartilhada com padres e demais religiosos, que assim como os diáconos, dizem sim ao chamado para ajudar na construção da obra do Pai. Hoje, nossa Arquidiocese dispõe do serviço de 44 diáconos permanentes (sendo 43 na ativa). Essa nova turma a ser ordenada será a quinta da Escola Diaconal.
Clovis Soares é diácono e serve na paróquia de Cristo Rei. Ele reforça que esse é um ministério eclesiástico. “É o ministério dos homens dedicados ao serviço de Deus. Compreende três diferentes graus do sacramento da ordem sacerdotal: os bispos, os sacerdotes e os diáconos. Dois destes graus participam ministerialmente do sacerdócio de Cristo: a ordem episcopal, correspondente aos bispos e a ordem do presbiterado, correspondente aos padres”, explica.
A ordem do diaconato, segundo o Catecismo da Igreja Católica (n. 1554), destina-se a ajudar e a servir os bispos e presbíteros. “Entendido desta maneira, o diaconato não é somente um passo intermediário rumo ao sacerdócio, mas oferece à Igreja a possibilidade de contar com uma pessoa de grande ajuda para as tarefas pastorais e ministeriais. Afinal, existem dois tipos: o provisório e o permanente que é o nosso caso”, pontua seu Clóvis que também é o diretor da Escola Diaconal.
Um candidato ao diaconato permanente precisa ter a indicação do pároco que avalia sua vida de doação e serviços prestados e o encaminha para análise de comissão formada por sacerdotes e outros diáconos, além da atestação final que cabe ao bispo ou Arcebispo da Arquidiocese a qual pertence. Aprovado o ingresso na escola a formação tem duração de no mínimo três anos, com práticas e a vivência intensa de momentos pastorais. “Todos os candidatos passam por formações e são avaliados através da sua conduta e postura, além de uma carga-horária que também se soma a essa análise. Em termos intelectuais são necessárias aptidões e outras experiência pastorais e, além disso, os candidatos são submetidos também a fase propedêutica”, reforça o diretor.
Padre Gilberto de Freitas é vigário episcopal para o diaconato permanente e ao lado dos demais diretores e coordenadores pedagógicos conduzem a Escola Diaconal. “Em nível de Regional Nordeste IV, além de Teresina, dispõe deste serviço as dioceses de Parnaíba e São Raimundo Nonato. Os demais irmãos de outras dioceses precisam integrar as equipes de formação nestas cidades para atingir a ordenação diaconal”, diz Clóvis.
As aulas de formação acontecem aos sábados e domingos, no Centro Pastoral Paulo VI. Elas são quinzenais e há ainda retiros com intensos momentos que contribuem para o fortalecimento da fé e a certeza da escolha que também é vocacional. Hoje são 10 diaconias territoriais, sendo 7 em Teresina e 3 localizadas nas foranias rurais.
Por Vera Alice Brandão