No último dia 13 de novembro o Jubileu da Misericórdia foi encerrado em todas as dioceses do mundo com o fechamento da Porta Santa . Na Arquidiocese de Teresina a solenidade de encerramento do ano santo foi no Santuário de Santa Cruz dos Milagres. Mas antes do encerramento do Jubileu da Misericórdia, ainda no mês de outubro , iniciamos sob a condução da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a instituição do Ano Mariano, baseado no contexto das Comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul, em São Paulo, e dos 100 anos das aparições de Nossa senhora de Fátima, em Portugal. Desde 2014, as dioceses do Brasil se preparam para esta comemoração, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.
Em nível de Arquidiocese, a Comissão de Pastoral organiza um vasto calendário de atividades que incluirá eventos como simpósio, seminários e o trabalho diversificado nas Foranias e Paróquias que estarão empenhadas na missão de proporcionar aos fiéis uma maior vivência na prática do amor da Mãe de Deus. É o que garante o coordenador da Comissão de Pastoral e pároco da Paróquia São Francisco de Assis, padre Gonçalo Teixeira.
“A abertura do Ano Mariano em nível de Arquidiocese foi tímida, mas esse foi um pedido do nosso Bispo, Dom Jacinto que foi influenciado pelo Papa Francisco. Afinal não seria nossa intenção apagar o Filho. A Mãe nos leva ao seu filho Jesus e ela é exemplo de misericórdia porque com humildade e simplicidade disse sim à missão de ser misericordiosa. Essa será, portanto, mais uma oportunidade de ofertarmos às nossas comunidades o crescimento da devoção à Mãe de Deus e o compromisso de cumprir aquelas palavras de Nossa Senhora nas Bodas de Caná: façam tudo o que Ele vos disser.”, explica padre Gonçalo.
E para que realização da programação siga com essa missão, dois grupos compostos por fiéis, membros de pastoral e coordenadores em nível arquidiocesano se organizam e trabalham para a concretização de dois momentos, que segundo o padre Gonçalo, serão encontros grandiosos para firmar “esse acontecimento importante para nós, não só histórico, mas também de fé”, explica o sacerdote se referindo às motivações para a instituição do Ano Mariano.
O simpósio e o seminário terão o mesmo tema: “Maria no mistério de Cristo e da Igreja”. O primeiro será realizado em maio do próximo ano de 17 a 20 de maio e o segundo de 18 a 20 de agosto, no mês que a Igreja vive um dos dogmas da Mãe, que é a Assunção de Nossa Senhora. De acordo com o padre Gonçalo, o simpósio terá um público mais restrito já que seus objetivos se voltam para coordenadores de pastorais e outros representantes de segmentos da sociedade civil e o seminário terá um público maior, mais abrangente”, pontua.
Para o simpósio estão confirmadas as presenças de um pastor da Igreja Luterana que fará explanação sobre o cântico de Maria com foco para a desmistificação de que não há rejeição à Mãe de Deus, “ao contrário eles inclusive possuem congregações com inspiração no legado da Mãe”, acrescenta padre Gonçalo que confirmou ainda a vinda à Teresina, do Bispo de Salvador, Dom Murilo Sebastião Ramos para participar do evento.
Vale reforçar que o Ano Mariano começou no dia 12 de outubro, na solenidade de Nossa Senhora Aparecida e vai até o dia 12 de outubro de 2017, data de realização da 11° Festa da Mãe de Deus. Até lá as Paróquias, Foranias e Áreas Pastorais devem se envolver e elaborar suas programações. “Nossa missão é apresentar Maria na bíblia, nos documentos da Igreja, seus dogmas que são quatro: Virgindade, Assunção, Mãe de Deus e Maria Imaculada Conceição”, reforça o pároco.
Para Padre Gonçalo a instituição do Ano Mariano é uma continuidade da nossa Igreja que em especial, desde 2000, tem usado temáticas para dinamizar a vida pastoral e missionária. “Nessa caminhada de prática e intenções para Maria há uma bonita relação com a prática da Misericórdia. Afinal Maria é misericordiosa como o Pai. Há uma relação com o Jubilar do Ano Santo. Basta lembrarmos da oração Salve Rainha, daquela ladainha e vamos compreender a Mãe de misericórdia. Afinal a Mãe foi e é infinita na sua misericórdia. Depois da Trindade Santa, Maria é o exemplo maior”, finaliza padre Gonçalo.
Por Vera Alice Brandão