“Nunca agradeceremos o suficiente ao Senhor pelo dom que ele nos deu com a Eucaristia. É um dom tão grande e por isso é tão importante ir à missa no domingo, ir à missa não só para rezar, mas para receber a Comunhão, este pão que é o corpo de Jesus Cristo, que nos salva, que nos perdoa e que nos une ao Pai.” O agradecimento é do Papa Francisco e condiz com o que nos ensina o Catecismo da Igreja Católica.
Padre Francisco Cabrini, pároco da Igreja de São Cristovão, na zona leste da cidade, reforça que a celebração dominical da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja e por isso os fiéis precisam atender a esse chamado de participar da Eucaristia. O impedimento deve ser considerado apenas mediante motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor.
“A missa é a ceia do Senhor. Nós sabemos que tudo começa com a missa que o Senhor fez com seus discípulos. Aquele encontro antes de ser preso que está registrado nos evangelhos de Mateus ,26; Lucas, 22; Marcos,14 e João, 06. A finalidade de se fazer presente em uma missa dominical é a certeza de encontrar ali o alimentação espiritual”, reflete.
O Sacerdote reforça ainda que a missa é também uma espécie de memorial que nos leva a recordar aquele tempo em que Jesus Cristo esteve aqui com seus apóstolos e discípulos. “Trazendo para o nosso presente essa mensagem, podemos atualizar na nossa vida o mistério da morte e ressurreição do Senhor para viver, logo após a celebração, todos aqueles valores que Jesus pregou e condensou na santa ceia: o amor e a entrega de Jesus Cristo”, pontua.
A mensagem principal de uma missa dominical é a oferta de Jesus Cristo em pão e vinho. “Desta forma o altar se torna um novo calvário. Então aquele ato de amor vivido na missa é o que devemos fazer após a celebração. O sentido é esse: a gente deve viver depois da missa toda essa fé adquirida no momento comunitário dominical”, convoca.
Mas há dúvidas quanto aos atrasos e ,mesmo diante da falta de pontualidade, o cristão fica com receios de se comungar. Para essa dúvida, Padre Cabrini cita a carta de Jesus aos Coríntios. “Alguns chegavam primeiro, outros depois. Os que chegaram por último não comiam nada. Está escrito lá. Mas devemos ter consciência de que a missa tem um horário, é importante que ao fazermos a opção de participar, tenhamos a certeza de que estamos indo ao encontro do Senhor, por isso há que existir uma preparação. Salvos algumas intercorrências, é sinal de falta de respeito chegar atrasado”, afirma.
Ele admite que intercorrências e imprevistos fazem parte da vida, mas afirma que, havendo atrasos, não podemos julgar, porque houve interesse do cristão em ir à missa.
“Não cabem julgamentos. Se o fiel entrou na fila da comunhão, o sacerdote por uma questão de formação deve chamar o mesmo e fazer uma espécie de catequese e acolhimento. Mas atraso atrapalha, portanto pontualidade é o correto”, reforça.
Outra dúvida muito comum está relacionada à escolha da vestimenta. É certo que cada local que vamos exige um traje. Padre Cabrini ajuda a compreender que a missa requer de nós uma vestimenta própria e adequada. “A missa é um encontro comunitário com Deus. Não se admite que se vá para missa de uma forma relaxada. Todo bom cristão católico consciente sabe disso: é uma ocasião especial. Mas fundamentalmente há que se ter uma preparação espiritual para participar desse momento nobre que é o maior da nossa Igreja: a Eucaristia”.
Atrasos, vestimenta, tudo deve ser observado. O entendimento é de que essa oração semanal onde todos se juntam em comunidade é a maior e mais especial oração da nossa Igreja. É o momento de encontrar com os irmãos. Enquanto comunidade é o momento de invocar o Pai.
E o padre Cabrini vai mais além. Segundo ele, é a invocação do Espírito Santo para que aconteça a transformação do pão e do vinho no corpo e sangue do Senhor. “Estamos em contato direto com Deus, por isso devemos participar com a consciência de ter uma disposição orante. É ali onde se adquire forças para ser missionário e solidário. A missa é o alimento, é onde vamos nos abastecer, nos alimentar com Aquele amor e paixão para seguir uma vida missionária. Só assim, com esta fé, o fiel estará realizando uma das mais perfeitas orações”, finaliza.
Por Vera Alice Brandão