Na manhã deste domingo, 13 de abril, a Arquidiocese de Teresina iniciou a programação da Semana Santa — a Semana Maior da fé cristã — com a celebração do Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. Logo nas primeiras horas do dia, centenas de fiéis se reuniram na praça da Avenida São José dos Santos e Silva (localizada por trás da Central de Flagrantes) para a tradicional bênção dos ramos. Após a bênção, os fiéis seguiram em procissão até a Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva, onde foi celebrada a Santa Missa Solene.
A procissão percorreu as ruas do Centro da cidade, com os fiéis entoando cânticos de louvor e carregando seus ramos nas mãos, relembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Um momento que convida à reflexão, à oração e à conversão.
O arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Juarez Marques, falou sobre o profundo significado litúrgico e espiritual deste dia. “Celebramos um domingo que é polarizado entre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e, ao mesmo tempo, a narrativa da sua paixão e morte, que neste ano é proclamada segundo o Evangelho de Lucas”, explicou o arcebispo.
Ele destacou que a entrada de Jesus na cidade santa já anunciava o sofrimento e o sacrifício que Ele enfrentaria na cruz, oferecendo sua vida pela salvação da humanidade, e ainda convidou os fiéis a mergulharem no mistério da Paixão do Senhor com um coração aberto, em um tempo marcado pela escuta e pelo silêncio. “É preciso ouvir a Palavra de Deus, mas também a voz da vida que sofre, a dor dos pobres e a destruição da nossa casa comum. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a viver uma ecologia integral, ou seja, defender a vida em todos os seus sentidos”, enfatizou. O arcebispo finalizou reforçando o chamado à vivência intensa dos dias santos, para que sejam celebrados pelos cristãos com emoção.
Ao chegarem à Praça Saraiva, os fiéis foram acolhidos com uma apresentação artística realizada pelo Encontro de Jovens com Cristo (EJC) da Paróquia Nossa Senhora das Dores, abordando o tema da Campanha da Fraternidade e a importância do cuidado com a criação.
Wellington Lopes, que encenou São Francisco de Assis, compartilha o sentimento de ter feito parte desse momento. “É sempre muito emocionante. A gente fica nervoso, claro, mas participar dessas apresentações já se tornou parte da minha vida na igreja e ainda ajuda a atrair mais jovens para a vivência na comunidade”, disse.
Neste ano, a apresentação teve como foco o tema da Fraternidade e Ecologia Integral, e o lema “Deus viu que tudo era muito bom”. “A ideia era justamente transmitir essa mensagem de cuidado com o meio ambiente e com a vida como um todo. A gente quis tocar as pessoas para que reflitam sobre a forma como estão cuidando da criação, como pede o próprio São Francisco”, completou o jovem.
Para muitos fiéis, a celebração do Domingo de Ramos é o ponto de partida para um caminho de fé que culmina na Páscoa. Como é o caso de Marcos Vinícius, paroquiano da Catedral de Nossa Senhora das Dores, que falou sobre a importância de participar desse momento. “A celebração de Ramos marca o início da Semana Santa. É o nosso itinerário até o Domingo de Páscoa, onde tudo começa. Por isso, é essencial estarmos presentes. Isso, nos leva a refletir sobre a nossa própria trajetória de fé e sobre como temos vivido esse tempo sagrado”, destacou.
Roseliny Arruda, também paroquiana da Catedral, compartilhou sua motivação em participar desse momento. “Desde criança, minha mãe sempre foi muito católica e nos incentivava a participar. Hoje, estar aqui é relembrar o verdadeiro significado da Paixão de Cristo, que é a base da nossa fé cristã. A entrega do Salvador, que sofreu e remiu os pecados por nós”.
Ela também comentou sobre o sentimento de reviver, simbolicamente, os últimos momentos de Jesus. “É muito emocionante. É como se estivéssemos realmente naquele momento em que Jesus saiu em procissão, e as pessoas, com ramos nas mãos, o aclamavam. É essa a emoção que a gente sente, de estar presente e revivendo aquele instante sagrado”, finalizou.
Neste Domingo de Ramos, nossa Arquidiocese também vivenciou o gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2025, com a realização da Coleta da Solidariedade, um compromisso com a justiça social e o apoio a projetos transformadores em todo o país.