A Arquidiocese de Teresina deu início ao Ano Jubilar 2025 na tarde deste domingo (29), com uma peregrinação seguida de celebração eucarística na Catedral Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva. A missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Juarez Marques, e concelebrada pelo arcebispo emérito, Dom Jacinto Brito, e outros membros do clero arquidiocesano.
A programação teve início às 17h, com a concentração dos fiéis no Adro da Igreja São Benedito. O arcebispo conduziu a oração inicial do Ano Jubilar e, em seguida, o diácono Miguel Wanderson leu a Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário. Em seguida, foi realizada a bênção da Cruz, que iniciou sua peregrinação em procissão até a Catedral, percorrendo o Centro de Teresina. Animados e em espírito de romaria, os fiéis demonstraram a força de uma Igreja missionária em saída.
Na chegada à Catedral, Dom Juarez tomou a cruz e a apresentou para veneração. Em seguida, o arcebispo metropolitano e os demais ministros ordenados dirigiram-se até a pia batismal para a renovação das promessas do batismo de todos os que ali estavam presentes.
O arcebispo destacou a importância do Ano Jubilar como um tempo de graça, esperança e reconciliação. “O jubileu é um momento de festa, alegria e misericórdia. Neste ano, toda ação da Igreja será permeada pelo tema ‘Peregrinos da Esperança’, escolhido pelo Papa Francisco. Cristo Jesus é a nossa esperança, e este será um tempo de renovação e postura nova, de vida em comunidade e de cuidado especial com os mais pobres”, ressaltou Dom Juarez.
Durante a celebração, foram anunciadas a promulgação de decretos importantes: um que reforça a gratuidade dos sacramentos, abolindo as espórtulas, e outro que estabelece novas diretrizes para a administração de bens da Arquidiocese, priorizando transparência e eficiência.
A Santa Missa de abertura do Ano Jubilar também foi marcada pela entrega do ícone que guiará a vivência deste Ano Santo na Arquidiocese de Teresina. A Cruz é destacada pela âncora, simbolizando a esperança, como recorda o Santo Padre, Papa Francisco: “A esperança é como uma âncora.” Além disso, faz uma referência direta ao nosso Santuário Santa Cruz dos Milagres, lugar onde a nossa esperança estar solidamente ancorada no mistério da Cruz redentora.
O ícone foi entregue aos vigários forâneos das 11 Foranias, que o levarão a todas as unidades pastorais de nossa Arquidiocese, para que todos possam viver este Ano Jubilar com renovada fé e esperança. O padre André Negreiros, vigário forâneo da Forania Sul II, destacou a relevância do momento. “Foi um momento de comunhão, alegria e esperança. Estou feliz por contribuir na articulação da nossa Forania Sul II e por participar de um evento tão significativo para a nossa Igreja”, disse.
A participação ativa dos fiéis reflete a união e a espiritualidade vividas neste momento especial. Para Marinalda Mesquita, o evento foi marcante: “Foi muito maravilhoso e gratificante poder participar desse momento tão importante para a nossa Igreja. É o primeiro ano que estou aqui, e espero participar novamente no futuro, louvando e orando”.
Pedro Henrique, um dos acólitos que serviu na celebração, destacou a importância do Jubileu para a Igreja e para quem está a serviço. “É um momento único e especial. Espero que a Igreja continue unida e fortalecida, permitindo que possamos servir com alegria e dedicação”, afirmou.
Igrejas Jubilares
O Ano Jubilar 2025 será um tempo especial de graça, conversão e renovação espiritual. Durante o Ano Santo, os fiéis são incentivados a peregrinar às igrejas jubilares, que são templos escolhidos pelo arcebispo para simbolizar locais de encontro especial com Deus. Nessas igrejas, os peregrinos têm a oportunidade de realizar práticas espirituais que representam reconciliação, renovação e indulgência.
Conforme o decreto do arcebispo metropolitano, Dom Juarez Marques, as igrejas jubilares na Arquidiocese de Teresina são:
– Forania Centro: Catedral Nossa Senhora das Dores e Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo (200 anos).
– Forania Norte I: Igreja Matriz São José Operário (Vila Operária) e Matriz Santa Joana D’Arc (Mocambinho, 25 anos).
– Forania Norte II: Igreja Matriz Divino Espírito Santo (São Vicente).
– Forania Leste: Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima (Bairro de Fátima).
– Forania Sudeste: Santuário São Francisco de Assis (Dirceu I).
– Forania Sul I: Santuário Nossa Senhora da Paz (Vila da Paz).
– Forania Sul II: Igreja Matriz Santa Dulce dos Pobres (Vila Irmã Dulce).
– Forania Rural I: Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Água Branca).
– Forania Rural II: Igreja Matriz Nossa Senhora do Ó e Conceição (Valença).
– Forania Rural III: Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios (União).
– Forania Rural IV: Santuário Arquidiocesano Santa Cruz dos Milagres (Santa Cruz dos Milagres).
– Diaconia Setorial Nossa Senhora da Saúde: Capela Nossa Senhora das Graças (HGV).
A peregrinação a essas igrejas é um dos exercícios espirituais que possibilitam ao fiel alcançar a indulgência plenária – uma graça que elimina a pena temporal pelos pecados já perdoados. Para isso, é necessário, além da peregrinação, confessar-se, comungar e rezar pelas intenções do Papa.