O terceiro domingo do mês Vocacional é dedicado à celebração da vocação à Vida Consagrada, em especial, devido à proximidade com o Dia da Assunção de Maria, comemorado em 15 de agosto. Nesta data, a Igreja recorda e celebra homens e mulheres que, respondendo ao chamado divino, consagram suas vidas a Deus e ao próximo.
De acordo com a Irmã Antônia Islânia, da Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, a vocação religiosa se diferencia de outras formas de serviço à Igreja pela maneira única como se manifesta. “Vivemos em comunidade, seguindo um carisma específico que chamamos de ‘carisma do fundador’. Um leigo pode fazer sua consagração enquanto vive em sua própria casa e serve à comunidade, mas, na vida religiosa, essa consagração exige a vivência em comunidade e a profissão dos votos de castidade, obediência e pobreza”, explicou.
Um dos sinais que indicam a vocação religiosa é o desejo profundo de servir, o qual pode ser nutrido através de práticas como a oração, a participação ativa na Igreja e a convivência com religiosos. “A pessoa começa a sentir um chamado diferente, e ao se aproximar de um religioso, passa a identificar-se com aquela forma de vida, despertando nela o desejo de também fazer parte dessa missão”, acrescentou.
A vocação é semeada nos corações desde o nascimento, mas só se revela plenamente com as vivências e experiências de vida, podendo ser despertada tanto na juventude quanto em fases mais tardias. Para a Irmã Islânia, a oração é o exercício mais importante para a confirmação do chamado divino.
Ela conclui com um conselho para aqueles que sentem em seu íntimo o desejo de seguir uma vocação: “Não tenham medo. Quando o Senhor nos chama, Ele nos dá a capacidade de segui-lo. O essencial é buscar a orientação de um guia espiritual, seja ele um padre ou uma religiosa, que possa oferecer as direções necessárias para a descoberta dessa vocação”, finalizou.