No dia 28 de julho, a Igreja Católica celebra o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Este ano, o Papa Francisco escolheu a passagem do livro dos Salmos que retrata a história de amizade com Deus: “Na velhice não me abandones” (Sl 71, 9), com o objetivo de destacar a solidão que acompanha a vida de muitos idosos, que muitas vezes são vítimas da cultura do descarte.
A data foi instituída em 2021, e é sempre celebrado no último domingo de julho, próximo ao dia de Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus. Na Arquidiocese de Teresina, o momento é celebrado principalmente pela Pastoral da Pessoa Idosa, que tem a função de visitar os idosos, especialmente aqueles em situação de maior vulnerabilidade.
Psicóloga explica a importância da presença dos netos para a saúde dos avós
Atualmente, a sociedade vive uma configuração familiar diferente, onde os avós têm uma presença mais participativa na educação dos netos. Os idosos estão mais ativos e envolvidos, com vivências afetivas e atividades físicas, além de uma alimentação saudável, é o que explica a psicóloga Samila Leão.
A presença dos netos na vida dos avós é crucial para que eles possam viver novas gerações e ressignificar suas experiências, aprendendo com o mundo contemporâneo. “Os contatos mais diretos geralmente ocorrem nos finais de semana, quando os netos estão disponíveis. É um tempo de brincadeiras, compartilhamento de emoções, construção de vínculos, o que é extremamente saudável para os idosos”, disse.
Ela explica que a convivência entre netos e avós traz benefícios mútuos. Os avós compartilham valores antigos e atuais, e essa troca de informações entre as gerações é vital. “Na minha prática clínica, é comum discutir com os idosos sobre as diferenças e semelhanças entre gerações. É importante ressignificar a dinâmica atual, reconhecendo as coisas boas”, ressaltou.
Para incentivar a prática da presença dos netos na vida dos avós, a psicóloga orienta sobre o respeito e o entendimento sobre o que é a terceira idade. “Os netos e filhos precisam compreender a cultura e as experiências de vida dos avós. O mais importante é o respeito mútuo entre as gerações”, concluiu.