Na manhã do último domingo (24), a Igreja de Teresina iniciou a Semana Santa com a Solene Procissão da Entrada de Jesus em Jerusalém e Santa Missa na Catedral de Nossa Senhora das Dores presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Juarez Marques. A procissão teve início com a benção dos Ramos na Casa dos Focolares, e percorreu algumas ruas do Centro da cidade, reunindo uma multidão de fiéis para glorificar a Cristo Rei, que vem para libertar seu povo da escravidão, do pecado e da morte.
Na última semana terrena de Jesus, em sua vinda histórica, Ele iniciou entrando em Jerusalém para dizer ao povo que traria a paz, de forma mansa e humilde. De acordo com o arcebispo, a população o aclamou com ramos sinalizando a sua fé e a esperança na vitória. “Por isso que nós fazemos a benção destes ramos e saímos em procissão pela cidade, pois estes ramos simbolizam a vitória e o início da Semana Santa, que vamos vivenciar através da liturgia e da vida os mistérios da paixão, morte e ressurreição do Senhor”, explicou.
Durante a solenidade, a Arquidiocese também vivenciou o gesto concreto da Campanha da Fraternidade de 2024, por meio da Coleta da Solidariedade, que destina recursos para a manutenção de ações sociais da Igreja de Teresina e em diversas regiões do país. Dom Juarez aproveitou a oportunidade para ressaltar que a ação é uma maneira sublime de os cristãos vivenciarem o espírito quaresmal. “A Campanha da Fraternidade deste ano tem um tema belíssimo nos convidando a amizade social, e nossas amizades devem ir além do nosso ciclo social, pois somos todos irmãos e irmãs”, pontuou o arcebispo.
Com a chegada dos fiéis na entrada da Praça Saraiva, jovens da paróquia de Nossa Senhora das Dores realizaram uma apresentação artística, destacando a necessidade cristã de estar atenta ao sofrimento dos menos favorecidos. Na cena, foi preparada uma mesa de café da manhã servida às pessoas em situação de rua que vivem na região.
Anderlívia Franklin, que integra o grupo de jovens da Catedral, conta que o momento foi pensado a fim de mostrar para a comunidade a importância da caridade e da humildade. “Nós fizemos essa encenação e fomos de porta em porta pedir doações para levar a quem não tem. As pessoas receberam muito bem essa iniciativa, inclusive encontramos senhoras que estavam precisando apenas de um abraço e pediram que ofertássemos a vida delas durante a celebração litúrgica”, disse.
Para Maria Clara Araújo, paroquiana da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, a celebração do Domingo de Ramos lhe ajuda a vivenciar melhor a Semana Santa, que é um momento de mais reclusão. “Geralmente associamos este momento a outras coisas e esquecemos o que é mais importante que é a proximidade com Deus, e de revermos nossas atitudes e posturas buscando viver o exemplo de Jesus”.
Lídia Morais, paroquiana da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, revela ter sido motivada a participar da celebração, pois é durante esta semana que os cristãos ficam mais próximos de Jesus. “Neste período eu procuro me dedicar um pouco mais, ficando mais próxima de Jesus através de orações e visitas, deixando de lado a vida mundana”, finalizou a aposentada.
Como tradição, é costume os fiéis levarem os ramos abençoados para casa e os perdure em algum lugar visível como sinal de que naquele lar habita uma família que têm Jesus como Rei e Salvador. No ano seguinte, os mesmos ramos serão queimados e utilizados na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, iniciando a preparação para a Páscoa.