No dia 12 de setembro, o prefeito Dr. Pessoa Leal sancionou a lei de n° 5.990, que declara a Procissão de Corpus Christi, realizada anualmente pela Arquidiocese de Teresina, como Patrimônio Cultural Imaterial do município. A nova lei reconhece a importância da procissão como forma de expressão do patrimônio histórico-cultural e religioso teresinense.
Padre Tony Batista, vigário geral da Arquidiocese de Teresina, destaca que o município é um dos mais católicos do país, possuindo muitas festividades importantes durante todo o ano. Segundo ele, a celebração de Corpus Christi não é algo restrito a cidade Teresina, sendo uma festividade amada por toda a Igreja de Deus.
“Todos os cristãos são chamados a participar da festa de Corpus Christi. Nossa cidade é quem faz a festa com muito carinho e somos gratos por esse reconhecimento”, disse o sacerdote. O vigário também externou sua gratidão pela agilidade na aprovação da lei, já que o pedido havia sido solicitado por ele no encerramento da festa deste ano.
“Deixo aqui registrado a minha gratidão e o meu respeito a essa decisão conjunta da Câmara Municipal e da Prefeitura de Teresina de ter reconhecido a belíssima procissão de Corpus Christi como patrimônio imaterial da nossa cidade que é tão temente ao Senhor”, completa.
A proposta é de autoria do vereador Edilberto Borges, Dudu, e passou primeiro pela Câmara Municipal antes de seguir para ser sancionada pelo prefeito Dr. Pessoa. Para ele, a exemplo de outros eventos religiosos grandiosos como a Caminhada da Fraternidade, a procissão representa um ato de muita fé e de busca pela harmonia e salvação em Cristo.
“A procissão representa a caminhada do Povo de Deus para a Terra Santa, simbolizando a busca pela harmonia, salvação e também pela paz e união em nosso Senhor Jesus”, destaca o vereador.
Origem da Festa de Corpus Christi
É na festa de Corpus Christi que a Igreja comemora solenemente o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, sendo o único dia em que Ele percorre as ruas da cidade em procissão. Em Teresina, antes da procissão, os fiéis se reúnem para realizar a confecção dos tradicionais tapetes com o uso de materiais como serragem, sal, borra de café, areia e outros itens.
Seu sentido é honrar a devoção à Santíssima Eucaristia, homenageando Nosso Senhor Jesus Cristo com a produção do caminho pelo qual Ele passará, conduzido pelo bispo no ostensório, fazendo memória, também, da multidão que estendia ramos e mantos para que Jesus passasse em sua entrada em Jerusalém na Semana Santa.
Ao longo da história, a solenidade tem se fortalecido cada vez mais, onde todos os cristãos se reúnem publicamente para demonstrar o seu amor e adoração ao Cristo vivo na Eucaristia, conforme explica o padre José Nery, assessor eclesiástico da Comunicação da Arquidiocese de Teresina. “Desde a época de Dom Avelar Brandão Vilela a festa alcançou grandes proporções onde é o Povo de Deus que toma parte por essencialmente ao se falar desta solenidade”.
Segundo o sacerdote, mesmo em tempos difíceis, como a pandemia da Covid-19, a Festa não deixou de acontecer, onde no dia dedicado a Corpus Christi os fiéis voltavam os seus corações à Catedral e ao adro da Igreja São Benedito. “Mesmo diante das dificuldades, nós abraçamos aquilo que a Igreja nos dá continuamente como uma dádiva do céu, e isso é essencial para nossa caminhada em Cristo”, finaliza.