Na noite da última segunda-feira (20), a Escola Diaconal de São Francisco de Assis completou 22 anos de atuação na formação de Diáconos Permanentes na Arquidiocese de Teresina. Durante a ocasião, o arcebispo emérito, Dom Jacinto Brito, foi homenageado pelos diáconos permanentes.
Fundada nos anos 2000, a Escola Diaconal São Francisco de Assis é composta por sacerdotes e diáconos, além de religiosos que compartilham seus conhecimentos para a formação de filhos fiéis ao Pai. Dom Jacinto Brito, na época arcebispo metropolitano de Teresina, participou de cinco das sete ordenações diaconais que ocorreram após o processo de formação na escola. Segundo ele, a integração dos diáconos foi um processo de construção, onde o diaconato permanente se firmou e se desenvolveu, passando a ter uma maior visibilidade eclesial ao mesmo tempo em que passou a atuar na base da Igreja.
“Quando me tornei arcebispo de Teresina, não sabia como funcionava o diaconato aqui, mas depois de todo um processo nós demos mais visibilidade a esse grupo que passou a atuar na base da Igreja e na área social, junto ao povo de rua, aos encarcerados, a Pastoral da Criança, a Pastoral Universitária, Diaconias Territoriais, entre outras”, destacou.
De acordo com o arcebispo emérito, as Diaconias Territoriais foram o grande trunfo de seu episcopado, onde não se pode mais pensar na Arquidiocese de Teresina sem a presença delas. “Para mim as diaconias representam uma forma diferenciada de organização da Igreja. Hoje nossa Arquidiocese tem 14 Diaconais Territoriais em funcionamento, no qual duas delas foram transformadas em Áreas Pastorais e uma foi transformada em Paróquia”, pontuou.
Para o diácono Clóvis Soares, diretor da Escola Diaconal, a criação da escola no episcopado de Dom Miguel foi de extrema importância para a Igreja de Teresina, e que teve o apoio de todos os bispos sucessores, estando em plena atividade durantes esses 22 anos ordenando cerca de 100 diáconos.
“É uma grande alegria poder comemorar esses 22 anos de atuação, principalmente porque é aqui onde reunimos os diáconos, as esposas, os leigos e os candidatos em formação. Além disso, o diácono tem todo um campo de atuação social, político, econômico e cultural, que traz um avanço e um fortalecimento do diaconato permanente”, explicou o diretor.
Há 12 anos ordenado diácono permanente, Dino Cavalcante relata que é um grande privilégio divino para pessoas frágeis e pecadoras como ele, serem tiradas do meio e colocadas no nível do Diaconato Permanente. “Tive a minha vida transformada nesses 12 anos. Hoje não sei mais se sou um profissional diácono ou um diácono profissional, e me sinto muito completo por isso”, finalizou.