O padre Tony Batista, Vigário Geral da Arquidiocese de Teresina e diretor da Ação Social Arquidiocesana (ASA), tomou posse como membro efetivo da Academia Piauiense de Letras (APL). O religioso recebeu seu diploma das mãos do presidente da Academia, Zózimo Tavares, e do arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, durante solenidade realizada na noite dessa sexta-feira (01).
Acadêmicos da APL, autoridades, familiares e amigos compareceram ao auditório Dom Avelar Brandão Vilela, na zona leste de Teresina, para homenagear o novo acadêmico que agora ocupa a cadeira de número 22 do órgão que é responsável por cultivar o uso da língua portuguesa, o estudo e desenvolvimento da literatura piauiense.
Na abertura da solenidade, o padre Tony Batista foi conduzido até a Mesa de Honra pelos acadêmicos Francisco Miguel de Moura, Moisés Reis e pelo ex-governador do Piauí, Wellington Dias. Após ser empossado e diplomado, o religioso recebeu as insígnias acadêmicas, pelerine e colar das mãos do seu neto, o pequeno Pedro Enzo Batista, e do seu irmão, Geraldo Batista.
Natural da cidade de São Pedro do Piauí, o sacerdote também possui especialização em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica de Santiago (Chile). Reconhecido por muitos como um notório orador, foi o idealizador da Caminhada da Fraternidade, evento que é patrimônio cultural e imaterial do Piauí, e que anualmente arrasta uma multidão de pessoas para as ruas de Teresina, em prol dos trabalhos sociais desenvolvidos pela Igreja.
“Não estou aqui por linhagem familiar, nem pelo volume de obras publicadas, pelo conhecimento tão profundo da literatura ou por merecimento. Estou aqui pela Graça de Deus que certamente sonda o invisível e que, na minha insignificância, tomou partido. Nós no mundo inteiro estamos doentes e precisamos de esperança. E se somos homens e mulheres da escrita, da cultura e da fala também temos responsabilidade de levar esperança e provocar a alegria. Me sinto muito feliz por poder contribuir”, destacou o recém-empossado.
Padre Tony Batista passa a ocupar a cadeira de número 22, que pertenceu ao desembargador Nildomar Silveira, importante intelectual e autor de vários livros na área do Direito, que morreu de complicações da covid-19 em agosto de 2021.
Em sua fala, o presidente da Associação Piauiense de Letras (APL), o jornalista e escritor Zózimo Tavares, lembrou que, durante o seu ofício no jornalismo, acompanhou o início da trajetória do religioso na cidade até se tornar uma das grandes lideranças religiosas do Piauí.
“Quando me iniciei no jornalismo, em 1980, ele despontava como um dos novos valores da Igreja Católica aqui em Teresina. Muito jovem, havia chegado há pouco tempo de Salvador e se fazia notar pelo seu estilo mais despojado, pela palavra fácil, pela sensibilidade pastoral e pela profundidade de sua pregação. Os anos se passaram e é perceptível que ele ajudou estender a mão da Igreja para alcançar os pobres e excluídos, na partilha da solidariedade e na semeadora da esperança”, disse.
A Academia Piauiense de Letras (APL)
A Academia Piauiense de Letras é o órgão máximo das letras no Piauí. Fundada em 30 de dezembro de 1917, em Teresina, por um grupo de intelectuais que percebeu a necessidade da defesa da educação e da cultura no estado no início do século 20, a APL, até os dias mais atuais, tem sido referência no cenário cultural piauiense por reunir representantes de diferentes áreas de atuação.