No próximo sábado (20), um dia após a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a Festa do Imaculado Coração de Maria, como uma forma de mostrar que estes dois corações são inseparáveis e que Maria sempre leva a Jesus.
Segundo o papa São João Paulo II, Maria foi a que mais cooperou com a Redenção. Ela gerou o Verbo humanado e aos pés da Cruz o oferecia em sacrifício pela nossa salvação, os dois corações estão portanto entrelaçados.
O diácono Clóvis Soares, da Paróquia Cristo Rei, explica que a própria Virgem Maria nos ensinou a praticar a devoção reparadora das ofensas ao seu Imaculado Coração. “Através de Lúcia, uma dos pastorinhos de Fátima, Portugal, que vivenciou as aparições de Nossa Senhora. Para praticar perfeitamente essa devoção, devemos, durante os cinco primeiros sábados de cinco meses seguidos, na intenção geral de reparar nossos próprios pecados e os de toda a humanidade contra o Coração Imaculado de Mari, realizar quatro atos de piedade: A confissão, o terço, pelo menos 15 minutos de meditação sobre os mistérios do Rosário e a comunhão”, pontua o diácono.
Comunidade Imaculado Coração de Maria
A Paróquia Cristo Rei, localizada na Forania Sul I da Arquidiocese de Teresina, conta com uma Comunidade que recebeu o nome de Imaculado Coração de Maria, formada a partir da migração de pessoas do campo para a cidade e desenvolvida através da atuação efetiva da Igreja católica na região.
“Havia uma grande carência de saneamento básico e condições de saúde, sendo poucas as famílias que usavam água filtrada, por exemplo. A Igreja Católica, por meio da Paróquia Cristo Rei (o Pároco na época era o padre Pedro Maione) começou a se fazer presente, com a realização de reuniões nas casas, onde eram realizados círculos bíblicos e novenas, no período de Natal, Campanha da Fraternidade e Mês mariano. Nesses encontros, começou-se a discutir formas de melhorar as condições de vida dos moradores. Tivemos muitas conquistas, através de processo que exigiu muita fé, perseverança e ação de todos. Uma importante conquista foi a construção da Capela e do espaço comunitário, tudo realizado em sistema de mutirão e com o apoio de paroquianos”, relembra o diácono Clóvis, que também é historiador.
Famílias humildes que viram seus filhos crescendo sob o risco dos acidentes de trem, da carência de emprego e de necessidades básicas, como moradia e saneamento, encontraram nos representantes da Igreja o apoio que buscavam.
Através da intercessão do Imaculado Coração, depois de passar alguns anos com a Capela fechada, as atividades litúrgicas (celebrações, batizados, novenas) retornaram. A partir de 2010, o diácono Clóvis Soares (hoje, diácono permanente) passou a coordenar os trabalhos pastorais naquela comunidade, até 2018. A comunidade paroquial permanece viva e atuante até os dias atuais.