A arquidiocese de Teresina conta com mais de cinco mil fiéis a serviço de Deus através da liturgia no acolitado. Segundo a comissão Arquidiocesana são quase seis mil pessoas nessa função de auxílio às celebrações eucarísticas.
“Algumas paróquias da Arquidiocese registram até 600 acólitos. É um exército muito grande, onde cada paróquia ou forania oferece formação e acompanhamento espiritual. Nós da comissão arquidiocesana fazemos a assessoria e articulação do serviço de acólitos”, explica Tarcísio Oliveira, membro da subcomissão arquidiocesana.
Essa subcomissão para os acólitos atua dentro da comissão Arquidiocesana de Liturgia e agrega também os acólitos nas ações da Arquidiocese, sobretudo nas solenidades, como a procissão Teresina Ressuscita com Cristo e Corpus Christi.
Para servir através do acolitado é orientado que o cristão tenha a idade mínima de sete anos de idade e ter recebido a primeira Eucaristia, contudo, não é uma regra. “Depende da abertura e da sensibilidade do pároco. É ele quem decide se mulheres ou jovens acima dos dezoito anos podem servir. As rubricas são as normas litúrgicas, não tem prescrição para limite de idade” , acrescenta Tarcísio.
Para os que são crianças e ainda não fizeram primeira Eucaristia, são chamados de coroinhas. Após receberem o sacramento, já são denominados acólitos.
São Tarcísio – o padroeiro dos acólitos
Durante perseguição do imperador de Roma aos cristãos (253-260), muitos que estavam na prisão desejavam receber a Santa Eucaristia, para se fortalecer com o corpo de Cristo. Contudo, era muito difícil que a sagrada hóstia entrasse nos presídios, e, nesse contexto, surge a figura de Tarcísio, uma criança de 12 anos que se oferecia para levar hóstia, assumindo o risco de perder a própria vida junto aos demais.
Durante uma dessas idas, (São)Tarcísio foi abordado para que mostrasse o que levava na mão. Resistente às provocações, o menino seguia com a mão fechada a fim de evitar que pagãos tivessem acesso ao Corpo de Cristo. Naquela ação o garoto faleceu, mas com total proteção à sua missão, num testemunho de entrega total a Deus. Tornado santo, ele é padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários.
“Um jovem que mesmo na sua pouca vivência descobriu a riqueza de viver a Eucaristia, com a consciência que servimos a Deus e não aos homens. Nesse dia, nossos votos são para que os coroinhas da nossa Igreja possam redescobrir com ainda mais intensidade o amor que Deus tem por cada um de nós e fortaleça a alegria de servir com generosidade e com disponibilidade de coração a Deus no altar e na comunidade”, pontua Tarcísio Oliveira.
Por Flalrreta Alves