Popularmente conhecido como o “santo casamenteiro”, Santo Antônio é na realidade um grande teólogo, orador, taumaturgo e um dos intelectuais mais notáveis de sua época. Em sua representação em forma de imagem, Santo Antônio traz nos braços o Menino Jesus segurando uma cesta de pães, representando também sua caridade e doação.
Conta-se que certa vez, Antônio distribuiu aos pobres todo o pão do convento em que vivia, deixando o frade padeiro preocupado com o abastecimento do local. Após relatar o fato ao administrado do convento, Antônio sugeriu então que todos confiassem na providência divina e procurassem novamente na dispensa. Conta-se que foram encontrados pães até nos espaços destinados aos ratos, uma grande fartura entendida como milagre.
Recordando esse fato com muita admiração, as paróquias de Ordem Franciscana realizam a celebração pelo “pão de Santo Antônio”. Em nossa Arquidiocese, é celebrada através da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e acontece em nível paroquial, pois cada paróquia tem autonomia para escolher o dia e horário da celebração.
No Convento São Benedito (Centro), a celebração acontece no dia 13 de cada mês às 19 horas. Na paróquia São Raimundo Nonato (Piçarra) a celebração acontece na última sexta-feira de cada mês. “Por ocasião da festa de Santo Antônio ser no dia 13 de junho, nesse mês realizaremos a celebração do Pão também nesse dia”, explica o Frei Marcos Antônio OFM, da paróquia São Raimundo Nonato.
Ainda de acordo com Frei Marcos, o pão “representa a solidariedade com os pobres e famintos. Os pães recebidos durante nossa celebração são encaminhados ao Lar da Fraternidade e alguns projetos sociais localizados na área territorial da nossa paróquia”, pontua.
O pão constitui um elemento inseparável de toda a devoção a Santo Antônio, independente de sua origem. Além da paróquia São Benedito e São Raimundo Nonato, as paróquias São Pedro Apóstolo (São Pedro), São João Evangelista e São João Batista (Parque Piauí) também realizam a cerimônia do “pão de Santo Antônio” na Arquidiocese de Teresina.
Por Flalrreta Alves