Por ter sido Maria a escolhida para ser a mãe do Salvador, a Igreja nos ensina que ela foi concebida sem o pecado original. Desta forma, é bendita entre as mulheres. “Ela foi plasmada pelo Espírito Santo e formada como uma nova criatura”, afirma o vigário geral da Arquidiocese de Teresina, padre Tony Batista.
O dia 08 de dezembro é uma data significativa para toda a Igreja em todo o mundo: Dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Dom Jacinto Brito explica que o império português era consagrado à Imaculada Conceição. “Foi assim que o Brasil herdou esta devoção dos portugueses, que para cá se transportaram”, situa historicamente o Arcebispo de Teresina.
Portanto falar da Imaculada é falar do triunfo da graça. “Quando se diz que Deus preservou, no primeiro instante da vida de Maria Santíssima , toda mancha do pecado, significa que este é um ato de pura graça e gratuidade, levado ao extremo. Ela foi a primeira pessoa a ser resgatada por Jesus Cristo em virtude da sua maternidade divina”, explica o pastor.
A festa da Imaculada já era celebrada por nações e povos, mas em 1476 se tornou uma festa universal dentro do calendário da Igreja e em 1570, o Papa Pio V publicou o novo ofício da Imaculada Conceição. Já em 1708 o Papa Clemente XI estendeu essa festa para o mundo inteiro.
Por isso a Igreja celebra a festa de Maria, a Imaculada Conceição. “Aquela em quem Deus depositou o dom da santidade, o grau mais alto que um ser humano pode chegar. Podemos dizer ainda que a Imaculada é fruto do atestado da gratuidade do amor de Deus, por isso olhamos para Maria como ela mesma se definiu: o Senhor fez em mim maravilhas”, acrescentou.
De acordo com o padre Tony, às vezes cometemos dois equívocos em relação à Maria. “O primeiro é não reconhecer Maria. Ela existe e é muito importante, é mãe do Salvador. O outro inconveniente é transformar Maria numa deusa. Ela não é deusa. Quem nos salva é somente Jesus Cristo, o filho de Maria, mas ela nos leva até o Filho e também traz Jesus até nós. Precisamos permitir que Nossa Senhora tome assento em nossos corações”, reforçou.
Por Vera Alice Brandão