Uma diocese missionária é chamada a prestar três serviços principais: às pessoas, à comunidade eclesial e à sociedade. Essa é a defesa do padre Luis Mosconi, italiano que chegou ao Brasil ainda no ano de 1967 e depois de passar por alguns estados realizando ações pastorais decidiu se dedicar às Santas Missões Populares.
Nesta manhã (14), o sacerdote que está conduzindo formação na vizinha cidade de Timon, foi recebido em nossa Arquidiocese pelo Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito. A Paróquia de São Francisco, na cidade Maranhense, sedia uma assembleia e na noite de hoje promoverá estudos do Evangelho de Marcos a partir das 19h.
Padre Luís Mosconi nasceu e se formou na Itália. Trabalhou por quinze anos em paróquias, ajudando na formação de pequenas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e também passou alguns anos a serviço da formação de líderes na região Norte do País, mais precisamente em Belém no Pará. Desde 1990 tem se dedicado às Santas Missões Populares, inclusive registrando as experiências vividas através de livros.
O sacerdote credita às Santas Missões Populares “a saída para fazer de qualquer diocese uma grande rede e unidade de comunidades, que sejam eclesiais, participativas, acolhedoras, solidárias, missionárias, com suas celebrações vivas, com sua organização autônoma, mas sempre em comunhão com a Igreja”, defende.
Ainda de acordo com ele, tudo na vida da diocese deve ter a marca da missão-serviço. “Somente uma profunda espiritualidade do seguimento de Jesus garante e sustenta a missão-serviço. Para que tudo isso aconteça, é preciso passar de uma Igreja hierárquica, dividida em clero e leigos, a uma Igreja ministerial, onde tudo é serviço, é ministério. Lamentavelmente, a palavra ‘leigo’ passou a significar, para muitos, o “não ordenado”, aquele que não sabe e nem pode, o executor de tarefas, em lugar de significar membro ativo e co-responsável. É urgente recuperar os leigos como ‘sujeitos eclesiais’, com sua vocação específica e o Ano do Laicato pode fazer isso prosperar”, diz o sacerdote referindo-se a orientação da nossa Igreja para o Ano do Laicato que em todo o Brasil terá sua abertura em 26 de novembro. Aqui na Arquidiocese de Teresina será realizada uma missa no dia 25 de novembro, às 17h, na Catedral Nossa Senhora das Dores para marcar este momento.
O padre finaliza dizendo que “é preciso fazer de toda diocese um canteiro de obras movido pela ação do Espírito, é preciso fazer acontecer um novo Pentecostes, com grande liberdade interior e ousadia. Entre várias possibilidades, sugerimos uma em modo especial: o resgate da figura eclesial do missionário dando oportunidade a esse ministério fecundo e profético. Afinal, os primeiros passos da Igreja deram-se graças a missionários itinerantes, quando ainda não havia distinção entre clero e leigos”, encerra.
Por Vera Alice Brandão