Após o Concílio do Vaticano II (1962-65), o Papa Paulo VI autorizou a instituição dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MECE´s). Fiéis leigos cuja missão é facilitar aos celebrantes a distribuição da Sagrada Comunhão em igrejas, capelas, hospitais, aos doentes nas casas e outros lugares, desde que o sacerdote não possa fazer isso. E diante da importância desta missão a nossa Arquidiocese encerrou a realização de formações para este segmento da Igreja agora no mês de setembro.
Dona Rosa Pereira é Ministra Extraordinária da Comunhão há 10 anos. Ela serve na Paróquia São Pedro Apóstolo e como integrante da equipe arquidiocesana dos MECE´s descreve que para receber o convite e participar da formação e tornar-se um ministro “há que se ter uma vida cristã autêntica, que seja madura na fé, e possa servir a Igreja”, aponta.
Além disso, precisam ter uma boa formação doutrinária, pois podem também realizar a celebração da Palavra, orientar as pessoas que recebem a Eucaristia, etc. Hoje na nossa Arquidiocese conta com a colaboração de mais de 4000 (quatro mil) irmãos nessa caminhada que precisam se submeter às etapas de formação.
Em maio desse ano a Arquidiocese de Teresina deu início a mais uma formação para os MECE´s. De acordo com o coordenador Arquidiocesano do serviço, diácono Kleiton Fernandes, é uma etapa importante já que a Igreja Católica deve também assumir o papel de ensinar, especialmente em relação à Eucaristia e às condições para recebê-la dignamente.
“Isto exige do Ministro que ele conheça a doutrina da Igreja, especialmente a fundamentação dogmática, moral e sacramental. Os MECE´s devem, na medida do possível, realizar estudos de doutrina: estudar os documentos da Igreja, as encíclicas e cartas dos papas, o Catecismo, o Código de Direito Canônico, etc. É também importante que o Ministro conheça a “Instrução Geral do Missal Romano”, que disciplina a celebração da Santa Missa. Por exemplo, não é lícito deixar que cada fiel se sirva da Eucaristia sem que haja um Ministro para distribuí-la. A Eucaristia deve ser entregue a cada comungante e não apenas deixada sobre o altar à disposição. E é isso que essas etapas de formação que são ofertadas suprem, em termos de conteúdo”, explica e continua: “Os MECE´s que vão às casas, precisam dessa formação para levar a verdade da Igreja ao povo. O amor às coisas sagradas deve tornar espontânea a observância de tais instruções”, acrescenta.
Agora em outubro, com o encerramento dos módulos e a realização da investidura, haverá a entrega das carteiras, uma espécie de credencial para a realização da missão. Ainda sem data definida, a data de entrega será no mês comemorativo ao padroeiro dos MECE`s: Beato Mateus Moreira .
Por Vera Alice Brandão