No próximo dia 04 de agosto a Arquidiocese de Teresina ganhará um novo sacerdote. O diácono Aírton Santos Bastos receberá o sacramento da ordem presbiteral pela imposição das mãos de Dom Jacinto Brito. A celebração terá início às 19h, na Catedral Nossa Senhora das Dores. “Sinto uma alegria imensa no coração por poder me colocar como cooperador Dele. Por Ele ter olhado para minha vida e me chamado a participar do sacerdócio do Seu Filho”, afirmou o diácono.
O diácono Aírton Bastos tem 45 anos de idade e é natural da cidade de Chapadinha, localizada no vizinho estado do Maranhão, mas com dez anos de idade veio morar em Teresina com os pais. Filho de uma família de onze irmãos ele relembra como se deu o chamado.
“A palavra vocação vem do verbo latim vocare, que significa “Chamar ou chamamento”. Logo, no âmbito religioso, entendemos que vocação é um chamado que Deus vem fazer a nós, um pedido pessoal que envolve a nossa entrega naquilo que ele nos pede. Mas como saber, entender, ou mesmo ouvir esse chamado? Essa é uma dúvida muito comum quando estamos buscando uma resposta de Deus. E claro que vivenciei essas dúvidas. Cheguei a ficar quatro anos noivo e foi através da vivência em grupos de pastorais que percebi minha vocação. E hoje tenho a certeza que troquei algo bom por algo muito melhor. O matrimônio é uma bonita vocação, mas eu tinha a minha”, explica o diácono.
As influências familiares não foram muitas para escolha da caminhada religiosa. Ainda jovem o diácono também chegou a sonhar em ser Jogador de futebol e uma lesão no joelho o fez desistir da ideia. “Foi mesmo a vivência em comunidade e na Igreja que me fez despertar. A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas. A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas”, pontua.
O diácono que já recebeu o sacramento do Crisma na fase adulta, reforça que nenhum ‘Sim’ para Deus é tarde. “Quando encontramos a nossa vocação, não só nos transformamos, mas também transfiguramos as pessoas e o mundo; a vocação acertada gera uma satisfação e realização interna que transborda para todos os lados. É o que Jesus chamou de fermento, sal e luz, na dinâmica do Reino”, atesta.
O sacerdote realizou os estudos no Seminário Menor em Teresina e também passou pelo seminário Interdiocesano Sagrado Coração de Jesus. E é pelo reconhecimento de sua experiência, após vivência em comunidade aqui em Teresina e já tendo servido na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Aroazes que, segundo o diácono, “o bispo e o conselho, passados seis meses, entenderam que estou à altura dessa ordenação”, diz alegre o diácono que serve hoje na Paróquia de Santa Cruz, na cidade São Gonçalo do Piauí.
“A palavra que eu carrego muito hoje é gratidão; por ter voltado à Igreja e pela grandeza de Deus, para este grande desafio que é o Ministério Sacerdotal. Por isso o meu lema é: ‘o bom pastor dá a vida pelas ovelhas’. Encerro citando Santo Agostinho: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova”, concluiu o futuro sacerdote.
Por Vera Alice Brandão