Perceber os reflexos da devolução do dízimo. Essa foi a temática de uma entrevista exibida nessa manhã (16) no programa Em tuas Mãos, um produção da Arquidiocese de Teresina. O entrevistado foi o coordenador arquidiocesano da pastoral do dízimo, Giovani Batista. Em pauta um assunto que gera dúvidas por parte de alguns fiéis, mas que de acordo com o convidado “nos leva a ser igreja”. E é nesse cenário de doação que habita toda a dimensão eclesial do dízimo, pois cada fiel ao contribuir deve ter a certeza de que isso é o mesmo que integrar e fazer parte da obra de evangelização da Igreja.
O coordenador Arquidiocesano reforça que a interpretação deve ser a de dar de acordo com o seu coração e com alegria, e não por obrigação. Claro que há questionamentos como se o dízimo vai para o padre e onde de fato é investido. Diante dessa postura o comportamento ideal a ser adotado é o de perceber a importância da contribuição como forma de agradecimento a Deus “por tudo aquilo que Ele nos oferta. Muitos optam por anestesiar a consciência. Não devolvem o dízimo porque entendem que Deus não precisa de dinheiro”, explica.
Isso reflete uma falha na interpretação e na comparação. Dizimo é tudo menos dinheiro, diz o coordenador. “É uma reposta ao grande amor de Deus. É gratidão por tudo aquilo que Ele nos dá e ainda mais: é fidelidade a um Deus que permanece fiel a nós todos os dias. Portanto, a opção de ser dizimista é o mesmo que colaborar com o Seu plano de amor para salvação da humanidade e mais, fazendo isto estamos nos integrando a este projeto”, esclarece.
E como ratificou no início da entrevista, há ainda toda a dimensão eclesial e comunitária. Afinal é nesse contexto e no ser dizimista que podemos perceber os sinais daquilo que se realiza em nível de comunidade e ação pastoral. “Se eu me pressuponho a participar e viver em comunidade mas, se ao contrário, eu não for um dos participantes, aí sim fica velada e difícil perceber os frutos. Aí brota e nasce uma das missões da Pastoral do dizimo que é a de se levar ao conhecimento de todos à necessidade do ser e fazer Igreja. Porque não há como entender, compreender e conhecer se não for através da participação da vida em comunidade. E isto só se dá com um trabalho de conscientização que começa pela evangelização. Um fiel evangelizado automaticamente se torna um dizimista”, conclui.
E é como parte dessa missão que no próximo dia 21 de maio, no Auditório Paulo VI, a Pastoral do Dízimo, cumprindo o seu calendário de ações junto à comunidade, realiza e promove o lançamento da Cartilha do Dízimo. A ação é anual e o lançamento ocorre no mês de animação do dizimo, maio. O material foi elaborado por membros da equipe da pastoral e terá a apresentação do Arcebispo, Dom Jacinto Brito.
E a orientação da Igreja para vivência do Ano Mariano motivou a escolha da temática a ser abordada pela pastoral dízimo: Partilha que brota do coração. Como o ano tem influências a partir do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida e das aparições de Fátima , de acordo com Giovani, a fonte de inspiração não poderia ser outra, “afinal é do coração que brota o sentimento de partilha. É do coração de Maria, seu exemplo e testemunho de oferta e partilha que nasce o amor”, explica.
Ao final da entrevista o coordenador fez um convite e ratificou que optava por se utilizar da Palavra, pois desta forma o convite seria do Próprio Deus: “Fazei a experiência, devolvei integralmente os vossos dízimos lá na casa sob ao qual habita o Meu nome e verei se não abrirei as compostas do céu e muito mais do que necessitai” (Mi 3:10).
Então fica o convite para que todos façam esta experiência e devolvam o dizimo para se sentirem verdadeiramente Igreja e participantes do projeto de Deus.
Por Vera Alice Brandão