A Igreja oferta a todos os fiéis uma oportunidade de gesto concreto de solidariedade neste fim de semana (dias 08 e 09 de abril). O domingo é marcado pelas celebrações do Domingo de Ramos e é nesse tempo de conversão e preparação para a Quaresma que a Igreja Católica no Brasil convida a comunidade para participar da Coleta da Solidariedade. Uma ação que integra a programação da Campanha da Fraternidade.
Padre Júlio Ferreira, coordenador do Conselho Missionário Diocesano – o Comidi, explica que esse momento tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e o fortalecimento das iniciativas comunitárias. Essa Campanha é coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC e todas as igrejas que integram o Conselho. “No período da Quaresma somos chamados a assumir o tema Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida e o lema Cultivar e guardar a criação, de forma a realizar a coleta da solidariedade para apoiarmos projetos e assim promover ações de participação popular e cidadania”, explica.
De forma objetiva, trata-se de um fruto da penitência quaresmal, pois os fundos arrecadados se revertem para trabalhos de evangelização. E é de forma prática, que temos a conversão social e solidária. “Na ocasião, todo o dinheiro arrecadado na coleta das missas do sábado e domingo é dividido entre o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) e o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) da CNBB. Para o Fundo Diocesano ficam 60% dos recursos, que são destinados ao apoio de projetos sociais locais, relacionados ao tema da Campanha. Os 40% restantes compõem o Fundo Nacional, revertidos no fortalecimento da solidariedade entre as diferentes regiões do país” , esclarece padre Júlio.
O sacerdote ressalta ainda que o fiel tem liberdade quanto ao valor. “Você partilha de acordo com suas condições. Jesus Cristo nos ensinou que não devemos acumular bens. Desta forma o próximo sacia as suas necessidades e todos são beneficiados. Os projetos são analisados e posteriormente financiados”, afirma.
Num primeiro momento aqueles projetos voltados para a campanha são priorizados. Então todos os fiéis são orientados para procurar a paróquia e solicitar o envelope. “O envelope é uma das maneiras, mas tudo que é arrecado vai para esse fundo. Mesmo não tendo adquirido o envelope, a oferta partilhada na missa também tem o mesmo destino. O importante é colaborar já que as pessoas e os organismos da comunidade que estão carentes serão beneficiados”, finaliza o sacerdote.
Por Vera Alice Brandão