Uma celebração presidida por Dom Jacinto Brito marcou ontem (20), a passagem do XIV Aniversário da Dedicação e Sagração da Catedral de Nossa Senhora das Dores. Aquela que é a Igreja Mãe da Arquidiocese de Teresina recebeu dezenas de fiéis para comemorar o momento de dedicação do templo que é um marco religioso, histórico e cultural da capital.
Localizada na Praça Conselheiro Saraiva, no centro da cidade, a Igreja teve sua origem com o lançamento da pedra fundamental em 25 de março de 1865. Mas foi em 1903, através da bula Supremum Catholic Ecclesian, que o então Papa Leão XIII determinou a criação da Diocese do Piauí tendo como sede episcopal a Catedral de Nossa Senhora das Dores.
“Em 2003 esse templo era dedicado ao culto do senhor, à celebração de seus louvores, e se tornou no centro da cidade o sacramento visível do esplendor. Por isso hoje é festa para a comunidade e para todos aqueles que aqui vem, nessa Catedral”, disse o Arcebispo .
Durante a homilia, Dom Jacinto Brito relembrou que foi Dom Celso José Pinto, arcebispo emérito, que em 20 de fevereiro de 2003 instituiu esse momento, reforçando assim a data de criação da então Diocese do Piauí e que depois se transformou em Arquidiocese de Teresina.
“O Apóstolo Paulo dizia na leitura de ontem e hoje escutamos na mesma leitura essa Palavra: O Santuário de Deus é Santo. E vós sois este santuário de Deus. Hoje lembramos a complementariedade desta palavra e o porquê de estarmos celebrando 14 anos da nossa catedral. Dom Celso o fez nesta data porque hoje se completa 116 da criação da nossa Diocese do Piauí. Naquele dia vinte de fevereiro o Santo Papa leão XIII criara a Diocese do Piauí. E como eram diferente os tempos, as pessoas. Como era diferente a fisionomia da Igreja do Piauí. E graças a Deus está diferente para melhor”, ressaltou Dom Jacinto.
Justificando as diferenças, o arcebispo valorizou em sua fala, durante a celebração, que hoje o Piauí possui oito dioceses. “Nossas Dioceses vivem cada dia essa alegria de levar o Evangelho a toda criatura, na adversidade da nossa cultura”, completou.
Dom Jacinto enalteceu ainda, durante o momento comemorativo, que desde uma paroquia de centro até uma área pastoral de periferia, a nossa Igreja vive a mesma realidade, de ser a Igreja de Cristo. “Nesses dias de chuvas mais intensas vale uma reflexão do capítulo 47 do Profeta Ezequiel que nos diz: a água que corre no Santuário do lado direito do templo vai se espalhando por toda a cidade de Deus. E é essa a imagem que o profeta cita e que eu utilizo para reforçar que a água que jorra vai jorrando de uma maneira fecunda e transformadora. E assim é a agua viva que brota do templo e a dedicação de uma Igreja que é a memória viva do Cristo”.
A celebração de dedicação tem um rito próprio e marcou o coração dos presentes através das palavras do arcebispo de Teresina, que reforçou junto aos fiéis o significado da água que brota da fonte da casa do Senhor e que serve para qualquer casa do Pai.
“Esta água é profunda e fecunda. Não só crescem como frutificam as árvores. Podemos fazer uma relação com a nossa Igreja que se espalha e agrega leigos, consagrados, ministros e assim, cada um segue a sua vocação, como sendo um braço desse rio que vai cortando essa cidade de Deus”, comparou.
Ao final da fala o Arcebispo citou as palavras do Papa Francisco ratificando que se fecha a porta da misericórdia, “mas permanecem escancaradas as portas da misericórdia do coração de Jesus. A porta santa da nossa Igreja Catedral está aberta e não se fecha”, reforçou ele.
A Catedral que ficou iluminada durante toda a celebração com as doze luzes dos 12 apóstolos. “Na nossa catedral temos doze em memória dos nossos apóstolos e são acessas em dias especiais. E para que esta casa de oração fosse construída o Senhor iluminou o coração dos fiéis. Acendei luzes no seu coração”, finalizou.
Por Vera Alice Brandão