Dia 01 de dezembro será comemorado o Dia Nacional de luta pela reforma agrária em todo o Piauí. A data foi instituída como uma forma de reconhecimento pela história de luta de uma trabalhadora rural que em 1984 foi assassinada por um fazendeiro. Aos 80 anos de idade, a camponesa Antônia Flor, foi morta e a motivação para o crime teria sido a caminhada missionária da trabalhadora que, em vida, defendeu de forma concreta a bandeira da reforma agrária no município de Piripiri, sua cidade natal.
De acordo com Teresinha Menezes, que integra a Pastoral da Terra, um ato público será realizado na Praça João Luís Ferreira, a partir das 7 horas da manhã, para marcar a data. A organização espera reunir cerca de duas mil pessoas. O ato é uma realização da Pastoral da Terra em parceria com representantes de movimentos sociais, além de integrantes das demais pastorais sociais e sindicatos. “A CPT vem desenvolvendo um trabalho junto aos trabalhadores e trabalhadoras, com a missão principal de ser presença solidária, profética, ecumênica, fraterna, afetiva, educativa e transformadora através de visitas as famílias, formação de lideranças, estudo bíblico, assembleias, acompanhamento e apoio nas lutas junto aos pequenos agricultores, combatendo desta forma as injustiças. E nesse dia em especial somos chamados a lutar pela terra e pela reforma agrária, na defesa do desenvolvimento local”, convoca Teresinha.
Ela pontua ainda que a CPT ajuda na formação das famílias sem terra e assentadas que compõem os grupos apoiados pela comissão. “É missão também contribuir com iniciativas que efetivem os direitos conquistados e garantidos em lei e ampliem os direitos civis, culturais, econômicos, políticos e sociais”, explica. Ainda de acordo com a representante, a pastoral está presente em seis Dioceses do Estado incluindo a Arquidiocese de Teresina, e busca uma “gestão participativa das organizações das famílias, nas perspectivas de democratizar os seus espaços de trabalho, além de estimular a cooperação entre as diversas organizações dos assentados que atuam no âmbito local, na perspectiva de um mercado solidário. Mas nesse ato público, visando à garantia desses direitos o objetivo é chamar a atenção do poder público e da sociedade para que essa bandeira da luta por reforma seja de todos”, reforça.
Para mais informações sobre a Pastoral da Terra, como se engajar no movimento ou mesmo se beneficiar das ações dos grupos que integram a pastoral o telefone disponibilizado é o (86)3222-4555.
Por Vera Alice Brandão