O Jubileu da Misericórdia ou Ano Santo da Misericórdia foi um convite do Papa Francisco para que os fiéis, sobretudo católicos, olhassem para o próximo com amor e perdão. Francisco convocou a Igreja do mundo todo para vivenciar um Ano Jubilar Extraordinário, dedicado à Misericórdia. Em seu anúncio o Santo Padre disse: “Todos somos chamados a viver de misericórdia, porque conosco, em primeiro lugar, foi usada a misericórdia”.
E o ano seguiu com a missão de que todos dissessem sim a essa convocação especial. No Brasil a nossa Igreja se organizou para cumprir um calendário anual onde todas as Arquidioceses praticassem gestos de misericórdia através das mais variadas ações com a proposta de motivar as celebrações. Algumas ações ocorreram no Vaticano com a presença do papa Francisco e foram estendidos às dioceses, como as romarias, liturgias e datas festivas.
“A abertura da Porta Santa no Vaticano, pelo papa Francisco, deu início, oficialmente, ao Ano da Misericórdia. Nas dioceses de todo o mundo foram abertas as portas da misericórdia, nos santuários e catedrais, em sinal de comunhão entre as igrejas particulares. Na nossa Arquidiocese foram muitas as manifestações e ações concretas com o foco voltado para a convocação de sermos misericordiosos como o Pai”, explica o Padre Fábio Fernandes.
E para o fechamento da Porta Santa do Ano da Misericórdia que teve início em dezembro de 2015, padre Fábio reforça o convite. “No dia 13 de novembro a Porta Santa aberta no Santuário de Santa Cruz dos Milagres, cidade localizada há 180km da capital Teresina, será fechada com uma celebração às 9 horas da manhã”.
A Missa Solene será presidida pelo Arcebispo Dom Jacinto Brito, e concelebrada pelos sacerdotes que compõem o clero da nossa Igreja. “A determinação é que todas as dioceses encerrem o Ano Santo dia 13. Lá no Santuário iremos fechar e isso coincide com o encontro dos Santos. E como fomos sacrificados por Cristo esse é o momento de sentirmos que somos a grande família de Deus. Provindos de todos os lugares poderemos mais uma vez nos reconhecer como Igreja viva. Desse encontro dos Santos nós teremos ainda uma ocasião para confirmar a nossa pertença à Igreja, sabendo que não somos chamados a viver no mundo de qualquer maneira, mas sim com a marca do cristão. Esse momento abrangerá ainda a romaria dos santos como é chamada em Santa Cruz dos Milagres e fica, portanto, o convite de encerrarmos juntos e podermos confirmar que ali de fato é o pulmão onde respira a vida de fé da nossa comunidade”, convoca nosso Arcebispo.
Vale reforçar que a Porta Santa é uma porta especial em uma catedral, basílica ou santuário, que é aberta apenas nos anos jubilares. Simbolicamente, a Porta Santa representa, para quem passa por ela, o passo do pecado à redenção, da morte à vida, do não crer à fé. Com o Ano da Misericórdia, o Papa Francisco propôs a todos os fiéis, diversas ações para um encontro profundo com Deus por meio da Sua infinita Misericórdia.
Na Bula Misericordiae Vultus, o Santo Padre chegou a sugerir algumas iniciativas que foram praticadas em diferentes etapas como: realizar peregrinações; praticar as obras de misericórdia; intensificar a oração; passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese; perdoar a todos; buscar o Sacramento da Reconciliação; superar a corrupção; receber a indulgência; participar da Eucaristia; fortalecer o ecumenismo; converter-se. Todas essas ações foram feitas individualmente ou em conjunto e foram algumas das oportunidades de vivenciar verdadeiramente o Ano santo.
Indulgências
Para receber a indulgência todos foram chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. O desejo era que este momento estivesse unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia.
Outras informações:
No dia 20 de novembro, dia da Solenidade de Cristo Rei, será a celebração de fechamento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e o encerramento do Jubileu Extraordinário do Ano Santo da Misericórdia.
Por Vera Alice Brandão