Com a passagem da Quaresma, período de preparação e busca pela mudança de vida, chegamos aos momentos que antecedem a Páscoa do Senhor. Fatos marcantes são relembrados com o Tríduo Pascal. A Quinta-Feira Santa inicia as celebrações com a memória da cerimônia do Lava Pés e a Última Ceia de Cristo.
“A Páscoa é a festa maior que está no centro da nossa fé e em que relembramos os nossos maiores mistérios que envolve a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus. A quinta-feira nos recorda aquele momento em que Cristo reúne seus discípulos e celebra a Páscoa Judáica com eles pela última vez”, explica o frei franciscano, Edmilson Vieira.
No Lava Pés, se revive a experiência de humildade deixada por Cristo. A origem da prática pode estar nos costumes referentes à hospitalidade das civilizações antigas, especialmente naquelas onde a sandália era o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber um hóspede, providencia uma vasilha com água e um servo para lavar-lhe os pés. No caso de Jesus, ele se apresenta como aquele que lava os pés dos seu discípulos.
Os dois momentos são citados nos evangelhos canônicos e bastante especiais. “Jesus muda o sentido da Páscoa e dá uma nova significância. Ele agora se faz alimento e se entrega como pão e vinho aos seus discípulos e pede que eles continuem a realizar a ceia e a partilha em memória dele”, esclarece o frei franciscano.
Os exemplos foram bem aceitos, tanto que o próprio papa, e bispos, e padres continuam a repetir os atos milênios após a primeira vinda de Jesus Cristo. Este, deve ser um momento para se lembrar que o dever continua e que nós devemos continuar os planos de nosso Salvador para a humanidade.
“Aos constituir os apóstolos a mensagem de continuidade é clara. A missão de evangelizar e de propagar o amor ao próximo deve seguir. Para que isso seja possível, Jesus se apresenta como o alimento espiritual para os povos e a Luz do Mundo”, relembra o religioso de nossa Arquidiocese.