Por decisão do Papa Francisco, nossa Igreja vive o ano jubilar da Misericórdia, que segue até novembro de 2016. A recomendação é que sigamos o exemplo de Jesus Cristo e possamos, sempre e cada vez mais, sermos testemunhos de compaixão para com o próximo. Uma logomarca foi desenvolvida especialmente para que possamos refletir e mudar nossas atitudes seguindo o Pai.
O desenho:
O símbolo do Jubileu da Misericórdia parte do evangelho de Lucas (6,36) em que Jesus nos convida a sermos “Misericordiosos como o Pai”.
O padre jesuíta Marko Rupnik preparou esta imagem trazendo uma das primeiras representações de Jesus, o Bom pastor. Ao invés de uma ovelha nos ombros, Jesus traz uma pessoa. O Bom Pastor da humanidade carrega sobre seus ombros o ser humano e, assim, conhecemos o mistério de sua encarnação e de nossa redenção.
O olhar de Cristo:
O Papa Francisco conclamou o Ano Jubilar afirmando, na bula intitulada “Rosto da Misericórdia”, que Jesus é o rosto vivo da misericórdia do Pai. Por isso, o centro da imagem é o olhar. A figura é alusiva a Adão e a toda humanidade. O olho esquerdo de Cristo e o direito de Adão são um só, mostrando que Deus é capaz de ver como que com nossos olhos as situações que vivemos. E também que o homem pode ver o caminho da vida iluminado pelo olhar de Deus.
As cores:
Os tons utilizados se referem ao significado milenar dado pelos artistas cristãos. O vermelho é a cor de Deus e simboliza a vida; o azul, a cor do homem, daquele que é capaz de olha para o céu; o branco é a cor do Espírito Santo e representa a Ressurreição de Jesus; o dourado, de Adão, lembra que o homem caminha para a perfeição.
O estilo medieval foi escolhido pelo padre Rupnik por dar ênfase na cultura simbólica, poética e metafórica. É algo que contrasta com o modelo pós-moderno que é crítico e racional.
As palavras:
O lema do Ano Jubilar faz parte do desenho da mesma forma que na arte medieval as palavras e as imagens não se separam. Esta também é a proposta do Papa Francisco: que as palavras e os gestos digam a mesma coisa, que os discursos sobre a misericórdia sejam acompanhados por atitudes.
No jubileu da Misericórdia, a principal linguagem será a simbólica. Os gestos vão transmitir a mensagem da Igreja. A figura de Jesus com o rosto rente ao de Adão, por exemplo, expressa o desejo do Papa Francisco de uma Igreja mais próxima das pessoas.