A ansiedade é um processo físico e mental ativado em situações de medo, receio, diante do desconhecido e em momentos de tensão emocional.
De acordo com a psicóloga Maria Aguiar, que também integra a Comunidade Shalom, trata-se de um sentimento de receio, aflição e com alterações físicas. “Todo mundo se sente ansioso em situações como: dia do casamento, tentativa de assalto, entrevista de emprego, apresentação importante, etc. Mas vale ressaltar que a ansiedade normal ajuda o ser humano e cria um ambiente cognitivo de apreensão salutar e de tomada rápida de decisões” explica.
A ansiedade só se torna doença quando passa a ser direcionada a situações comuns do dia-a-dia, ou quando é uma resposta absolutamente desproporcional ao risco, ou mesmo quando é mantida cronicamente. Seja como for, a doença é definida quando surge impacto na qualidade de vida da pessoa. Esse tipo de ansiedade limita a percepção e dificulta a tomada de decisões, evoluindo com restrição social e impactando negativamente diversos aspectos da vida da pessoa.
De acordo com a profissional Maria Aguiar a ansiedade é mais comum do que imaginamos. “A competitividade, a violência urbana, contribuem para a aceleração da ansiedade. Mas ela se agrava quando vem acompanhada de uma sensação de antecipação de expectativa. Mas por vezes isso pode se tornar algo muito severo que dificulte as pessoas a lidarem com a rotina do dia-a- dia” alerta.
E quando a ansiedade se instala altera o comportamento. “Começa a desencadear tipos de transtornos como a síndrome do pânico. Portanto, quando chega a esses níveis significa dizer que a pessoa não esta controlando a vida dela. Então é importante procurar um profissional e a família deve ficar atenta também” reforça.
E como o apoio da família é essencial nesses momentos, a psicóloga dá dicas para todos que vivenciam o momento, mas que serve também para aqueles que se encontram em níveis mais tranquilos e que possuem o domínio da situação.
“O fator importante nos dias atuais é saber diferenciar o que é necessário e o que é supérfluo. É evidente que não conseguimos abarcar tudo e todos. Sucesso, dinheiro, status social. Isso deve ser gerenciado. Precisamos refletir sobre aquilo que realmente é necessário e indispensável. Não podemos ter tudo. Temos que ter sabedoria e serenidade para reconhecer que os objetivos quando não alcançados na sua totalidade não deve virar frustrações” pontua.
A psicóloga reforça ainda que há outro fator essencial e muito importante na busca do equilíbrio e da vivência de uma ansiedade normal.
“Cuidar da espiritualidade. Essa sim tem papel importante e nos ampara. Fé é fortaleza interior. Se rezamos, conversamos com o Pai e aprendemos que não somos superiores e não temos força para alcançar tudo que queremos e sim apenas aquilo que é o necessário” finaliza.
Por Vera Alice Brandão